Há séculos sendo utilizada, a economia colaborativa cresceu nos últimos anos e se tornou um modelo de negócios cada vez mais usual em todos os setores do mercado mundial. Baseada nos princípios de compartilhar recursos, fazendo uma troca mútua de bens e serviços, essa modalidade tem como um dos principais benefícios a oportunidade das empresas e dos profissionais enxergarem além da competitividade e conseguirem ampliar seu nicho de atuação para adentrar em diferentes mercados para alcançar novos segmentos.

Essa forma compartilhada seguirá ainda mais em alta nos próximos anos, devido ao crescimento do interesse por temas como solidariedade, colaboração e sustentabilidade. Segundo dados da PwC, a economia colaborativa deverá alcançar 30% do PIB de serviços até 2025.

No ramo de seguros, essa realidade também faz parte das técnicas de negociação. Na Lojacorr, por exemplo, essa a economia colaborativa é uma estratégia bem sucedida para os corretores parceiros e chama-se de Negócios Compartilhados.

Segundo Amanda Gouveia, analista de Negócios da Lojacorr, nessa estratégia, os corretores parceiros fazem o compartilhamento de suas operações, podendo compartilhar seus negócios por diferentes razões como: falta de tempo, afinidade ou conhecimento técnico em determinados ramos. Eles também podem colaborar mesmo quando estão ausentes, como durante as férias. “Os corretores têm liberdade para procurar um hub/especialista (facilitadores, que oferecem suporte e orientação aos corretores interessados, garantindo o sucesso das transações), para realizar parcerias, dividindo a comissão entre eles”, exemplifica.

Amanda ainda explica que essa modalidade faz parte da cultura da empresa. “Os corretores colaboraram entre si, compartilhando seus negócios e, em vez de competirem diretamente, apoiam uns aos outros”. Inclusive, ela destaca os inúmeros benefícios deste modelo de parcerias, como a ampliação do mix de carteira (diversidade de produtos ou serviços que um corretor oferece aos seus clientes), o aumento da produção e lucratividade, a redução dos riscos devido à confiabilidade e transparência da operação, a troca de conhecimentos, entre outros”, fala.

Aumento da rentabilidade

Roberto Arbex Junior, da Aporé Corretora, trabalha com os “Negócios Compartilhados” dentro da sua empresa e reflete que apostar nessa modalidade foi seguro, assertivo e gerou mais ainda rentabilidade. “Depois dos ‘Negócios Compartilhados’, o nosso braço de produtos aumentou exponencialmente. Aumentamos nossos relacionamentos com outras corretoras, fomos mais assertivos na venda e ganhamos mais confiança e fidelização de clientes”, aponta. Já que, ainda de acordo com ele, o cliente consegue ser atendido por um especialista daquele produto e se sente ainda mais seguro com isso.

Para ele, utilizar essa ferramenta foi uma maneira de conseguir fazer mais mix de carteira (oferecer mais produtos de uma vez para o mesmo cliente), abrir um leque para outras seguradoras que ele ainda não havia trabalhado e uma forma mais rentável.“Compartilhando a gente consegue vender com mais qualidade, demandando menos esforço, tempo e recursos internos e sabendo que o seu cliente está sendo atendido com mais assertividade. Tem corretor que pode pensar ‘não vou dividir a comissão, porque ganharei menos’, mas na verdade é um dinheiro que entra, com custo zero, já que a venda é feita por outro e tem o suporte da Lojacorr”, finaliza.

Por fim, Amanda complementa que o modelo de “Negócios Compartilhados” é apoiado pela área jurídica que protege a carteira de cada corretor com contratos de parceria. Assim, as comissões são transferidas diretamente aos corretores por meio da plataforma Broker One. Além de poderem contar com uma comunidade onde os corretores podem encontrar hubs e especialistas na área desejada, explica Amanda. Dentro desses grupos de especialidades, há corretores selecionados de acordo com seu destaque de produção, segmentação e outros requisitos, oferecendo conhecimento em diferentes áreas.

N.F.
Revista Apólice