- Revista Apólice – 06 de março de 2024
Com a expansão da energia solar no Brasil, seguro garante indenização ao cliente por prejuízos decorrentes de danos causados ao equipamento
EXCLUSIVO – Em janeiro, a geração de energia solar fotovoltaica no SIN (Sistema Interligado Nacional) cresceu 52,4%, aumentando para 2.945 megawatts médios (MWmed), ante 1.933 MWmed no mesmo período de 2023. Os dados são do boletim da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica). Conforme o documento, a geração de usinas hídricas e térmicas apresentaram incremento no período, com avanços de 1,6% e 20,7%, respectivamente.
Segundo a Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), com dois gigawatts (GW) de energia solar adicionados somente este ano, o Brasil acaba de ultrapassar a marca de 39 gigawatts (GW) de potência instalada da fonte fotovoltaica desde 2012, somando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de energia em telhados, fachadas e pequenos terrenos, o equivalente a 17% a potência instalada operacional da matriz elétrica do país. O segmento já trouxe ao Brasil mais de R$ 189,3 bilhões em novos investimentos, mais de R$ 51,6 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou cerca de 1,1 milhão de empregos acumulados.
Com o crescimento desse tipo de energia, a preocupação com a proteção dos equipamentos fotovoltaicos deve ser levada em consideração, e o seguro pode ser um ótimo aliado nesse momento. A apólice garante indenização ao segurado por prejuízos decorrentes de danos causados ao equipamento, conforme os riscos previstos nas coberturas. Há cobertura para todo o sistema: placas, inversor, estrutura e elétrica. Além disso, o produto está disponível para painéis novos e usados.
“O seguro é a melhor maneira de garantir o patrimônio e a indenização dos prejuízos. Em linhas gerais, com a expansão do uso de energia solar no País, a contratação de um seguro específico é um excelente investimento, pois, além do custo-benefício atraente, proporciona tranquilidade ao segurado quanto a intercorrências que danifiquem seus equipamentos ou, no pior dos casos, causem prejuízos a terceiros”, afirma Sidney Cezarino, diretor de Underwriting da Tokio Marine.
De acordo com Cezariano, a matriz energética brasileira vem mudando nos últimos anos e há um movimento orgânico em busca de autossuficiência por meio de investimento em energias renováveis, as chamadas energias limpas e renováveis, como a solar e a eólica. “Esta é uma combinação de fatores que leva a uma demanda crescente por essas fontes energéticas limpas. Já registramos crescimento na procura de seguros para sistemas solares, sejam de pequeno/médio (geração distribuída) ou grande porte (parques de geração). Apenas como ilustração, o volume de solicitações em nosso produto RD Placa Solar já é 136% maior do que há um ano”.
Carlos Nascimento, coordenador de Property e Engenharia da Akad Seguros, afirma que a seguradora registrou um aumento significativo da procura dos seguros para placas solares, desde pessoas físicas como jurídicas, e com relação ao aumento podemos dizer que o faturamento da linha teve um incremento de mais de 300% na comparação de 2022 a 2023, fechando o ano com aproximadamente 1 milhão de placas seguradas. “Considerando-se o alto investimento que se realiza para compra destes equipamentos, e em certos casos usando até financiamentos junto a banco e outras instituições, o preço do seguro sai relativamente baixo em função do valor investido, garantindo ao segurado uma segurança a mais”.
Para Nascimento, o Governo, bancos e cooperativas disponibilizando linhas de crédito mais acessíveis poderiam ajudar na disseminação desta matriz e contribuir para utilizarmos menos das matrizes com queima de materiais que geram poluentes e com custos maiores. “O alto custo da energia nas outras matrizes energéticas e o histórico de bandeiras tarifárias diferenciadas em períodos de baixa das reservas hídricas contribuíram com a disseminação da matriz solar, e vemos a sua popularização dado ao retorno imediato na redução da conta de energia, e se considerarmos famílias com consumo acima de R$ 500,00 por mês de energia, a matriz solar já passar a ser uma opção válida, agora se imaginarmos em escala industrial, a economia se potencializa. Tais fatores econômicos são vetores do desenvolvimento desta matriz que se adapta bem a qualquer localização, seja urbana ou rural”.
Segundo Ana Luiza Medori, head de Construção da Essor Seguros, a melhor forma de conscientizar a população e empresários sobre a importância do seguro para painéis fotovoltaicos são as seguradoras desenvolvendo um produto que atenda a necessidade do cliente, de fácil compreensão e claro em seu objetivo. “Outra questão importante é a digitalização do processo de contratação. Essa agilidade é fundamental para o corretor poder focar nas vendas de forma escalável e eficiente. Muito importante também é a regulação de sinistros, pois como se trata de um produto de nicho e relativamente novo no mercado, a boa regulação é fundamental para a boa imagem do seguro e, consequentemente, para que os corretores e segurados tenham confiança em contratar uma apólice”.
Ana Luiza ainda ressalta que o crescimento da energia solar no Brasil é uma grande oportunidade para os corretores incrementarem a carteira e agregar ainda mais valor a seus clientes. “No entanto, é importante entender sobre a energia solar fotovoltaica e o seguro, para oferecer as coberturas mais adequadas de acordo com a característica de cada sistema. Oferecemos treinamentos e capacitação técnica a todos os corretores parceiros através de nossos subscritores especialistas, bem como disponibilizamos materiais de apoio para que o corretor possa entender o produto e realizar a melhor oferta ao segurado”.
Nicole Fraga
Revista Apólice