Notícias | 16 de maio de 2022 | Fonte: Estadão
Executivo da Bradesco Vida e Previdência explica que o benefício pode ser usado até mesmo para proteger a renda
A ideia de adquirir um seguro que será usado somente após a morte do contratante pode não parecer muito atraente. Mas o que uma parcela significativa da população ainda desconhece é que o seguro de vida vai muito além da chamada cobertura tradicional, ajudando a proteger, em vida, tanto o segurado quanto seus familiares. É o que explica nesta entrevista Bernardo Castello, diretor da Bradesco Vida e Previdência.
Por que o seguro de vida ainda não é uma prioridade no orçamento dos brasileiros, quando comparado a outras modalidades?
É natural que os elementos que fazem parte do cotidiano, como o automóvel, acabem atraindo mais a atenção quando se pensa em contratar um seguro. Não é incomum conhecermos pessoas que já tiveram veículos furtados ou se envolveram em algum acidente. Nesse sentido, o seguro Auto, por exemplo, tende a ter mais apelo do que o de vida, ainda muito associado à cobertura por morte. Mas essa realidade vem mudando nos últimos anos, com a introdução, no seguro de vida, de benefícios que podem ser usados em vida.
Quais são essas coberturas?
Coberturas de invalidez, doenças graves e mesmo de proteção da renda, tanto do profissional autônomo, como no caso da Diária por Incapacidade Temporária, quanto do assalariado, com a Perda de Renda por Desemprego Involuntário. Esse leque maior de eventos mais frequentes está hoje no escopo do seguro de vida, que, dessa forma, acaba se tornando mais presente na cabeça das pessoas.
Quando falamos em renda, outra visão comum é a de que ter um seguro de vida custa caro. Há opções para todas as faixas de renda?
Sim, há soluções que atendem a todos os perfis, incluindo planejamento sucessório, envolvendo os custos de um inventário, e a citada proteção para a renda. Já para a parcela da população de menor poder aquisitivo, nossa experiência demonstra que a maior demanda está relacionada a necessidades básicas, como o seguro-funeral, que ajuda a custear as despesas em um momento tão sensível.
Muitas pessoas consideram que o seguro de vida só se destina aos mais velhos. Essa visão é correta?
A maioria dos produtos vale para todas as faixas etárias. Eu diria, portanto, que o seguro de vida é indispensável para todos, podendo ser muito útil para o planejamento financeiro dos mais jovens, cujo trabalho, muitas vezes, contribui para complementar o orçamento familiar. É importante que essa renda esteja protegida, seja em relação à perda de um emprego ou em função de uma incapacidade laboral temporária.
Que conselho você daria a quem vai contratar um seguro de vida?
É preciso refletir sobre sua realidade financeira e suas necessidades básicas, além de objetivos e projetos de vida. Além disso, conhecer o histórico familiar no que diz respeito a doenças, pois isso pode indicar maior ou menor propensão a risco. Por fim, a recomendação que sempre fazemos: solicite a orientação de um corretor de seguros, o profissional certo para indicar a melhor escolha.