15/01/2018 / FONTE: Folha de São Paulo A coluna Mercado Aberto, da Folha de S.Paulo, informa que as seguradoras que oferecem cobertura a agricultores têm alterado suas estratégias para compensar a redução de subsídios do governo. O valor originalmente destinado à subvenção ao prêmio do seguro rural em 2018 caiu de R$ 550 milhões para R$ 395 milhões.
Essa mudança leva a uma maior oferta de linhas que não dependem do orçamento federal, como a que segura as receitas do agricultor, diz Wady Cury, presidente da comissão do segmento na FenSeg (federação do setor). ‘Para quem planta café, milho e soja, principalmente, o ideal é que seguremos mais o faturamento do que o risco climático. É algo que deverá ganhar força em 2018’, diz Fernando Barbosa, presidente da área no BB Mapfre.
Cerca de 25% dos prêmios emitidos pelo grupo no ramo agrícola são desse tipo. ‘Como nunca há certeza do orçamento do programa de subvenção, fizemos um modelo de negócio que anda sozinho’, afirma Barbosa. ‘A maior preocupação é a Selic (taxa básica de juros). Estamos estudando como a queda afeta a contratação.’
A redução dos juros pode levar a uma alta de preços para compensar a perda de receita das seguradoras, já que parte significativa de seus ganhos financeiros são atrelados a títulos públicos. A Swiss Re Corporate Solutions diz não acreditar em um corte drástico dos subsídios, mas afirma que também tem trabalhado modalidades que independem do governo.