Revista Cobertura – Por Carol Rodrigues – 06/12/2024 as 08:56
O 1° Estudo sobre inovação no mercado de seguros, saúde, previdência complementar aberta e capitalização no Brasil realizado pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) em parceria com a Capgemini foi divulgado em 5 de dezembro, no mesmo dia da divulgação dos vencedores do Prêmio de Inovação Antônio Carlos de Almeida Braga.
“A inovação hoje faz parte da estratégia das empresas e é feita de maneira objetiva e estruturada. Para 100% é feita de forma descentralizada. A inovação faz parte de todos os processos e resultado da interação de diferentes departamentos”, destacou Dyogo Oliveira, presidente da CNseg.
O perfil das empresas entrevistadas é formado por 37% seguradoras, 11% previdência; 7% capitalização, 11% de saúde e 33% com operação mista. Segundo a pesquisa, 6 em cada 10 seguradoras têm um executivo líder responsável por inovação; 8 em cada 10 possuem métodos bem estabelecidos para estruturar e mensurar a inovação. Para 92% a inovação ocorre de maneira colaborativa com o mercado.
As inovações ocorrem de maneira estruturada via programas de desenvolvimento e há mensuração dos resultados em 89% para produtos, 96% em serviços, 89% em processos e 85% em tecnologia.
“Para 2024, a projeção é de R$ 19,6 bilhões de investimentos em inovação e tecnologia das empresas de seguros. É uma soma vultosa e muito representativa que demonstra o compromisso das empresas e a aplicação cada vez mais intensa em novas tecnologias das empresas”, citou o presidente da CNseg.
Os setores mais destacados para investimentos em inovação são gestão da distribuição, backoffice somente TI e atendimento ao cliente. Os produtos e serviços contemplam 62%, processos 31% e 15% de infraestrutura tecnológica.
Isso comprova que o mercado tem desenvolvido produtos inovadores que atendem as necessidades do mercado. As principais categorias são automação e agilidade com IA, inovação em produtos e serviços digitais, e dados e insights.
Conforme Oliveira, tudo o que está na fronteira da tecnologia tem chamado a atenção da indústria de seguros. “84% das empresas atingiram expectativas em termos de melhoras na experiência do cliente e 56% atingiram as expectativas de gastos financeiros, sendo que para 20% a expectativa foi excedida”.
O estudo aborda que a inovação nasce a despeito da regulação, sendo que o tema regulatório foi o terceiro mais citado em termos de obstáculo à inovação. “A Lei do Bem, de incentivo do governo federal não é utilizada por 9% das empresas, que têm a intenção de estabelecer o processo no futuro próximo”.
A pesquisa contou com a participação de 24 executivos c-level do mercado que representam 55 companhias de seguros nacionais e internacionais, ligadas ou não ligadas a bancos, ou seja, 55% de market share e arrecadação de R$ 368 bilhões.