Notícias | 21 de julho de 2023 | Fonte: CQCS

O mercado de seguros e previdência privada se destaca na “Agenda de Reformas Financeiras – Ciclo 2023-2024”, lançada pelo Ministério da Fazenda nesta quinta-feira (20), em evento realizado no Rio de Janeiro.  

Do total de 17 propostas para reformas financeiras no país apresentadas no encontro, cinco são diretamente relacionadas com o setor: Investimentos das Entidades de Previdência Complementar; Desenvolvimento do Mercado de anuidades; Seguro Garantia em Licitações; Seguro Rural; e Regulamentação do PL 2.250/2023, que amplia garantias de operações de crédito. 

Vale destacar que tais propostas constam do IMS (Iniciativa de Mercado de Seguros), o qual lista projetos que buscam melhoria regulatória e competição no segmento.  

Além das ações que impactam o mercado de seguros, foram apresentadas propostas que envolvem medidas nos segmentos de tributação, mercado de capitais e crédito. 

A “Agenda de Reformas Financeiras” começou com o convite a 40 associações do setor privado, que enviaram 120 propostas para o governo, das quais 17 foram selecionadas para receberem prioridade. “É a melhor forma de fazer reformas, e talvez seja a única forma de fazer reformas, seja mediante o diálogo com a sociedade”, afirmou o secretário nacional de Reformas Econômicas, Marcos Barbosa Pinto. 

Segundo a Agência Brasil, cada proposta será trabalhada por uma equipe temática, a partir de agosto.  

Durante um ano, a equipe discutirá o assunto e, ao final, preparará um relatório, que deverá ser entregue em maio de 2024.  

A ideia é criar subgrupos de discussão para cada um desses 17 temas, para que, a partir do ano que vem, possam ser transformados em projetos de lei e em iniciativas de política pública para implementar as reformas. 

Presente ao evento, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as 17 propostas selecionadas “podem efetivamente impactar mais e no curto prazo, se nós trabalharmos juntos, em equipe, e formularmos soluções inovadoras para problemas específicos bem identificados”.  

Para o ministro, se o governo souber lidar com isso, a cada semestre, “vai ter uma agenda nova”. 

SEGURO. Na abertura do evento, o secretário Marcos Brito disse ainda que o mercado enfrenta um gargalo importante, pois a penetração do setor ainda é muito baixa. “A penetração do seguro no Brasil está abaixo até mesmo que em outros países em desenvolvimento. Queremos tirar as amarras do setor”, salientou. 

Já o superintendente da Susep, Alessandro Octaviani, anunciou que a autarquia vai criar comissões que discutirá, com o setor privado, temas relevantes para o mercado. 

Confira as propostas para reformas financeiras: 

Temas Tributários 

1. Desenvolvimento de Produtos Financeiros; 

2. Hedge no exterior; 

3. Realização de um Cadastro de Investidor Estrangeiro. 

Seguros e Previdência 

4. Investimentos das Entidades de Previdência Complementar; 

5. Desenvolvimento do Mercado de anuidades; 

6. Seguro Garantia em Licitações; 

7. Seguro Rural; 

8. Regulamentação do PL 2.250/2023, que amplia garantias de operações de crédito. 

Mercado de Capitais 

9. CNPJ Específico por Patrimônio de Afetação; 

10. Redução de Entraves para Emissão de Dívidas Privadas; 

11. Instrumentos Financeiros ASG (investimentos que consideram fatores ambientais, sociais e de governança na aplicação). 

Mercado de Crédito 

12. LIG (letras imobiliárias garantidas) no Exterior; 

13. Identidade Digital e Combate a Fraudes; 

14. Recuperação de Crédito; 

15. Consignado Privado; 

16. Modernização de Instrumentos de Crédito; 

17. Negócio Fiduciário.