22/10/2018 / FONTE: Auto Papo A temporada de chuvas de 2018 já começou, causando alagamentos e temporais em diversas regiões do país. Também temos visto previsões de chuva de granizo, o que pode ser um terror para o motorista, especialmente quando está preso em um engarrafamento. O seguro automotivo, entretanto, cobre os danos do fenômeno natural.
Da mesma forma que no caso de alagamentos, o seguro automotivo, geralmente, inclui a cobertura de danos causados pelo granizo. A advogada Lilian Cristina Correa Gonçalves atua na área de direito do consumidor, e explica que o seguro é contrato de adesão.
Assim, se o proprietário do veículo não fizer mudanças no texto, o mais provável é que o acordo inclua os reparos. Embora isso seja o que ocorre na maioria dos casos, segundo a especialista, não é uma lei. “Pode haver casos em que não cobre, depende da seguradora”, aponta ela.
Por isso, o dono do veículo deve estar atento no momento de assinar o documento, e procurar se informar quanto a esse pormenor. As chances de que a cobertura de danos causados por granizo não esteja inclusa, contudo, é pequena, de acordo com a advogada.
Gonçalves também esclarece que não há diferença na hipótese de o proprietário informar, no momento da adesão, que não dispõe de garagem coberta para guardar o carro. Nessa situação, haverá mudanças apenas no valor do contrato e da franquia, permanecendo as formas de cobertura.
“A informação de que se tem garagem e se é coberta ou se o carro fica na rua servem apenas para avaliar o risco e o valor que será cobrado, influenciando apenas no valor”, diz ela.
No caso do granizo, há menos chances de condutor ser visto como culpado pelo danoPor fim, a ocorrência de danos por granizo tem menos empecilhos para ser paga pelo seguro. No caso de alagamentos, o motorista deve se preocupar em não agravar os danos ao veículo, pois a seguradora pode anular a cobertura se entender que isso ocorreu.
Já no caso do granizo, há menos possibilidade de que o estrago seja visto como causado pelo condutor. “Acho difícil imaginar como culpar o consumidor por isso”, aponta Gonçalves.