O Estado de São Paulo – 15/08/2017Segundo reportagem do jornal O Estado de São Paulo, os investimentos em segurança no setor da indústria ainda é pouco em relação a outros setores da economia brasileira.Muros cada vez mais altos, monitoramento eletrônico avançado, vigias e seguros para todo tipo de sinistro. Nos últimos anos, as empresas privadas viraram verdadeiras fortalezas para compensar a falta de segurança pública. Mas isso não tem sido suficiente para neutralizar o aumento da criminalidade. No ano passado, as indústrias tiveram prejuízo de R$ 27 bilhões com roubos, furtos, vandalismo e gastos com seguros e segurança privada, segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) com 2.952 companhias. A pesquisa mostra que quase um terço das empresas do setor foi vítima de crimes em 2016.Além de afetar o caixa das companhias, que perdem bens e gastam mais dinheiro para evitar os prejuízos, a falta de segurança tem um efeito perverso na produtividade da indústria. Primeiro, as empresas têm de desviar recursos que seriam aplicados na produção para reforçar a segurança. Na outra ponta, estão os trabalhadores que tendem a se concentrar menos no trabalho quando vivem em áreas pouco seguras.“O reflexo disso é o aumento do custo de produção, redução da produtividade do trabalho e, consequentemente, da competitividade”, afirma o gerente de Pesquisa da CNI, Renato Fonseca, responsável pelo levantamento. Não por acaso, no período 2016/2017, o Brasil ficou na terceira pior colocação no ranking de competitividade do instituto IMD, com 63 nações. Sem infraestrutura, excesso de burocracia e uma enorme deficiência na segurança pública, as empresas têm enfrentado grandes barreiras para fazer – ou manter – negócios no País.Leia mais:
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