30/01/2018 / FONTE: Terra.com.br O universo das insurtechs vai começar a ser mapeado em fevereiro. A partir do dia 1º, a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net) começa a recolher dados das empresas cadastradas no ecossistema desse segmento. A ideia é analisar qualitativamente as informações de operação das iniciativas, as tecnologias utilizadas, os problemas dos seus clientes e como atuam no mercado. Insurtech é um termo que designa startups ligadas ao campo dos seguros — “insur” vem de insurance , seguro em inglês; tech é tecnologia. Essas empresas atuam com seguros e utilizam tecnologias como blockchain, aprendizagem de máquina e inteligência artificial para oferecer produtos mais baratos. Funcionam como as fintechs, as startups ligadas às finanças e serviços bancários. Atualmente, há 40 insurtechs cadastradas no sistema, e o estudo pretende separar as empresas por categorias para compreender melhor seu funcionamento. Esse trabalho prevê relatórios prévios a cada três meses. Além do mapeamento das insurtechs, o comitê planeja outras ações em 2018, como um hackinsurance, previsto para maio, e uma semana de intercâmbio internacional.
Mercado em ascensão
Em evento realizado em dezembro passado pelo comitê de insurtechs da camara-e.net, foram apresentados números globais sobre esse setor. De 2010 a 2016, foram injetados US$ 9,2 bilhões em 287 empresas, sendo que US$ 2,7 bilhões foram para 151 iniciativas somente no último ano do levantamento — os dados de 2017 ainda não estão fechados. Com o crescimento de tecnologias como IA, realidade aumentada e Internet das Coisas, a análise feita pela consultoria Everis é que o mercado para esse setor cresceu no ano passado. As tecnologias que começam a invadir as casas das pessoas trazem a necessidade de aumentar a proteção dos usuários. Os grandes atores da tecnologia (Google, Amazon, Apple), com seus assistentes virtuais, querem uma fatia desse mercado, o que provoca um interesse pelas insurtechs. Para ajudar a entender como as insurtechs funcionam, a Superintendência de Seguros Privados (Susep), que regulamenta o setor, montou um grupo de trabalho também pensando em alternativas para o desenvolvimento desse mercado no país.