Revista Cobertura – Por 07/07/2022 as 15:30
Investir a longo prazo pode ser o caminho para o pequeno investidor realizar planos, como garantir uma aposentadoria mais robusta, criar uma reserva financeira para os filhos, fazer uma viagem mais cara ou adquirir um bem de maior valor. Mas para seguir esse caminho, é preciso se preparar para realizar as melhores escolhas.
De acordo com o mercado financeiro, um investimento de longo prazo é aquele que mantém o dinheiro aplicado por, pelo menos, cinco anos. Dessa forma, é aconselhável que o recurso utilizado na aplicação não seja demandado antes do período definido para o resgate.
A primeira orientação de especialistas em finanças é que o pequeno investidor avalie a sua realidade financeira atual a fim de identificar qual é o valor “livre” para investir. Para tanto, ele deve colocar no papel a receita e todos os gastos que tem mensalmente.
Se o dinheiro não sobra no fim do mês, é necessário reavaliar as despesas para saber como economizar. Segundo a Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), o consumidor precisa separar os gastos em essenciais e não essenciais. A primeira regra para economizar é cortar, temporariamente, parte do segundo grupo.
Também é possível diminuir os custos dos gastos essenciais. Para isso, a Abefin dá dicas como cronometrar o tempo no chuveiro, evitar luzes acesas em cômodos vazios, pagar as contas à vista para pleitear descontos e aproveitar as ofertas no supermercado.
O método usado por Nathalia Arcuri, especialista em finanças e idealizadora do canal Me Poupe!, estabelece que 55% da renda seja direcionada para os gastos essenciais, como alimentação, moradia, água e luz; 30% para investimentos de médio e longo prazos; 5% para a realização de cursos que vão ajudar a ganhar valor de mercado e 10% para uso livre.
O fator “tempo” para os investimentos
Com o dinheiro em mãos, o segundo passo para o pequeno investidor é decidir quais são os planos para o futuro. Saber com clareza qual é o objetivo para investir auxilia no entendimento sobre o retorno financeiro esperado e o tempo em que será alcançado.
Segundo o mercado financeiro, a variável “tempo” costuma ser favorável para o investimento de renda fixa — Tesouro Direto, Certificado de Depósito Bancário (CDB), Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) — e ativos da renda variável, como ações e fundos imobiliários. Isso porque há a incidência de juros compostos, popularmente conhecidos como “juros sobre juros”.
O investimento de longo prazo contribui para aumentar o patrimônio financeiro. Portanto, o pequeno investidor deve estar atento a dois alertas.
O primeiro é não fazer o resgate antes da data de vencimento, pois além de interferir no rendimento, implica perda financeira. O outro ponto é sobre diversificar os investimentos. Não é aconselhável direcionar todo o dinheiro em apenas um tipo de aplicação. Ao escolher diferentes opções para investir, reduzem-se os riscos de perda financeira.
Como investir
Para decidir como e onde fazer os investimentos, é necessário estudar as características dos investimentos e manter-se bem informado sobre as variações econômicas, como explica a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
No caso dos investimentos, deve-se avaliar características como remuneração, segurança e liquidez. Com relação às variações econômicas, a orientação é acompanhar as projeções do mercado financeiro.
No momento em que a taxa básica de juros Selic está fixada em 12,75% ao ano, os produtos de renda fixa estão com uma remuneração atrativa e podem ser uma alternativa para quem deseja investir no longo prazo.
Embora integrem a renda variável, os fundos imobiliários também são considerados uma alternativa segura e rentável como investimento de longo prazo. Sua gestão profissional é um fator positivo para o investidor iniciante. Já as ações sofrem maior oscilação, por isso exigem mais experiência, não sendo recomendadas para quem está começando a investir.