Apesar de taxa mensal ter desacelerado, inflação acumulada em 12 meses é a maior desde setembro de 2016. A vilã do mês foi novamente a energia elétrica, com alta de 1,95%.Por Darlan Alvarenga e Daniel Silveira, G1
G1 – Por Darlan Alvarenga e Daniel Silveira – 08/07/2021 09h00 Atualizado há 13 minutos
Linhas de transmissão de energia na região de Brasília; a conta de luz teve o maior impacto individual na inflação do mês de junho.
Puxado pela alta da energia elétrica, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – a inflação oficial do país – ficou em 0,53% em junho, após ter registrado taxa de 0,83% em maio, conforme divulgou nesta quinta-feira (8) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Esse é o maior resultado para o mês desde junho de 2018 (1,26%). Com isso, o indicador acumula alta de 3,77% no ano e 8,35% nos últimos 12 meses”, informou o IBGE.
Com o resultado, a inflação acumulada em 12 meses fica ainda mais acima do teto da meta do governo para o ano – o centro da meta é de 3,75% em 2021, podendo variar entre 2,25% e 5,25%.
Segundo o IBGE, a taxa de 8,35% é a maior para o acumulado em 12 meses desde setembro de 2016 (8,48%).
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Inflação oficial foi a mais alta para um mês de junho desde 2018
O resultado veio um pouco abaixo das expectativas. A mediana das projeções de 38 instituições ouvidas pelo Valor Data era de alta de 0,59% no mês e de taxa de 8,41% em 12 meses.
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IPCA de junho fica em 0,53%; Miriam Leitão comenta
Veja o resultado para cada um dos grupos pesquisados
Dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados, 8 tiveram alta em junho. Veja abaixo:
- Alimentação e bebidas: 0,43%
- Habitação: 1,10%
- Artigos de residência: 1,09%
- Vestuário: 1,21%
- Transportes: 0,41%
- Saúde e cuidados pessoais: 0,51%
- Despesas pessoais: 0,29%
- Educação: 0,05%
- Comunicação: -0,12%