- SEGS.com.br – Terça, 03 Mai 2022 18:55 – Escrito ou enviado por Armando Luís Francisco
Ganoune Diop, Ph.D.,Secretário Geral da IRLA, aplicou um discurso forte, que eu vou reproduzir aqui, no meu sentimento de que o mercado de seguros precisa entender o significado da palavra Liberdade, nos parâmetros além do que se comprometeu até aqui.
Liberdade, uma complexidade inerente
“A liberdade é considerada a ideia mais complexa da história da filosofia ou da história das ideias. A liberdade também é difícil de ser totalmente abraçada por causa de suas implicações. Em termos práticos, a liberdade é difícil até de ser aceita. […]Porque ela significa perda de poder sobre as pessoas. A maioria das tragédias da experiência humana está ligada ao desejo de dominação, subjugação, submissão e instrumentalização de outros, privando-os assim de sua liberdade. (grifei)
A perda do poder sobre as pessoas consolida exatamente uma sociedade mais justa e recheada de valores morais. Realmente, ha um conflito excedente sobre essa superfície intangível da perda da liberdade, por agora.
As sociedades onde imperam a democracia e a liberdade com responsabilidade podem desfrutar de condições de liberdade. Basta notar os países de nosso continente, que contrariam a ideia de Liberdade. Por isso o crescente IDH em países com maior liberdade de consciência e trabalho. Isto porque, segundo o mesmo autor, nenhuma pessoa deve ser a consciência de outra pessoa.
Nisto, há princípios a serem seguidos:
- Um princípio político (consentimento de quem é governado, governo com limites, estado de direito, democracia e governo representativo).
- Uma disposição legal de direito internacional, consagrada na DUDH, União Europeia, União Africana, OEA e nas constituições nacionais.
- Uma liberdade composta. Pressupõe liberdade de pensamento, de consciência, de escolha, de expressão, de associação e de reunião.
- É um sinal de nossa humanidade, não só de racionalidade, mas também de nossa dimensão ética.
- Um símbolo de nossa interconexão, por causa do que temos em comum, não apenas a conscientização, mas também a consciência humana.
Ele diz mais, e aqui quero me deter: “No espaço público, existem poderes globais competindo pela hegemonia, dominação e controle dos recursos”.
A visão do autor leva em consideração o espaço público. Ele denota que a competição por hegemonia existe onde falta a liberdade e a justiça. Ele fala em dominação e controle de recursos.
Por isso, para se emoldurar o quadro da liberdade em nossa indústria, precisamos ficar atentos a nossa dinâmica de enxergar a Liberdade humana. E, evidentemente, que a Liberdade exige a perda de poder de domínio sobre as outras pessoas.
Armando Luís Francisco
Jornalista e Corretor de Seguros