Notícias | 4 de junho de 2024 | Fonte: CQCS | Adriane Sacramento

As locadoras nas proximidades do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, enfrentam um dilema: a maioria dos veículos danificados não tinha seguro para casco. Segundo dados da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA) trazidos pelo portal Quatro Rodas, o setor de locação estima prejuízo de R$ 336 milhões em todo estado, considerando 985 locadoras de automóveis, com uma frota de 20.226 carros e automóveis comerciais leves.

Segundo a ABLA, o preço médio de um veículo de locadora é de R$ 112 mil. Para se ter uma ideia, cerca de 3 mil carros foram perdidos apenas na capital gaúcha. A maior parte desses veículos estavam no Aeroporto Salgado Filho, que está com as operações suspensas desde o dia 3 de maio. A expectativa é que o local volte a funcionar somente no final do ano.

As locadoras, em função do grande número de veículos, não fazem seguro da frota. Algumas fazem seguros contra terceiros e a maioria só faz seguro obrigatório para passageiros dos carros. “Este é o momento para se repensar a estratégia de proteção de grandes frotas na exposição de grandes riscos da natureza”, afirma Gustavo Doria Filho, fundador do CQCS. “Talvez seja o momento de começar a estudar a possibilidade de cobertura para catástrofes ou stop loss para quem assumir esse tipo de risco”, pontua o executivo. Com o seguro stop loss, a empresa tem estabilidade financeira mesmo quando passa por eventos inesperados que provocam gastos acima do esperado.