Notícias | 14 de junho de 2024 | Fonte: CQCS | Adriane Sacramento – Reprodução / Agência Brasil
Segundo levantamento referente ao impacto das enchentes no Rio Grande do Sul, realizado pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul em parceria com o Sebrae no começo deste mês de junho, dos 15,9 mil dos negócios captados por meio de um formulário,13,147 (82.34%) não possuem proteção securitária. Caio Cones, sócio diretor na WA Seguros, explica como o seguro empresarial pode auxiliar os empreendimentos com coberturas para alagamentos e inundações e como os corretores de seguros devem auxiliar na conscientização dos empreendedores.
Cones explica que o seguro empresarial pode incluir coberturas específicas para alagamentos e inundações. Segundo ele, as apólices podem cobrir tanto os danos na estrutura física do negócio quanto o seu conteúdo, incluindo equipamentos, mobiliário e estoque. “É crucial que os empresários verifiquem os detalhes da apólice, incluindo as exclusões e condições específicas, para garantir que estão totalmente protegidos contra esses riscos”, alerta o sócio diretor na WA Seguros.
Das quase 16 mil empresas afetadas pelas enchentes, segundo a pesquisa do Governo do RS e Sebrae, 5,7 mil são micro empresas, enquanto 4.282 são microempreendedores individuais (MEIs). De acordo com Cones, o seguro empresarial pode variar significativamente conforme o porte do negócio: para grandes empresas, a proteção tende a ser mais personalizada (tailor-made), o que permite acesso a coberturas diferenciadas e específicas às necessidades; pequenas e médias empresas e MEIs, no entanto, frequentemente tem acesso a produtos padronizados, que podem não oferecer a mesma flexibilidade e abrangência.
O Mapa das Empresas do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte aponta que existem 12.281.582 de microempreendedores ativos no país. E esse número evidencia a participação dos MEIs, que, segundo o sócio diretor na WA Seguros, podem contratar seguros empresariais adaptados às suas necessidades específicas.
“As seguradoras oferecem produtos simplificados e acessíveis, que cobrem desde danos ao imóvel até a proteção contra roubos e desastres naturais, como alagamentos”, explica Cones. No entanto, segundo ele, há um ponto de atenção: a cobertura de alagamentos pode sofrer limitações de acordo com a região e a seguradora. “Cabe ao corretor de seguros identificar a necessidade do segurado e, caso não seja possível terceirizar 100% do risco, pelo menos transferir parte dele para minorar as perdas dos segurados”, destaca.
Para conscientizar as empresas sobre a importância de seguro, corretores de seguros devem considerar estratégias eficazes
De acordo com Cones, os corretores de seguros desempenham um papel crucial na conscientização das empresas sobre a importância da contratação de seguros. E para conscientizar, estratégias eficazes devem ser consideradas, como informar sobre possíveis benefícios fiscais ou incentivos para empresas que possuem seguro; fornecer materiais educativos; realizar de palestras sobre os riscos específicos enfrentados pelos negócios e como a proteção securitária pode mitigá-los; e apresentar de exemplos reais de empresas que sofreram perdas significativas por falta de seguro e como aquelas seguradas conseguiram se recuperar de maneira rápida.
O sócio diretor na WA Seguros afirma que os corretores devem realizar a avaliação de risco personalizada para cada cliente, “mostrando claramente os potenciais danos e perdas que poderiam ser evitados com uma apólice adequada”. É importante ainda colaborar com associações comerciais e câmaras de comércio para promover a importância do seguro empresarial entre seus membros.
Além disso, de acordo com Cones, o uso das redes sociais é também uma das estratégias eficazes para “difundir informações, mostrar casos reais e conscientizar os clientes sobre a importância do seguro na proteção patrimonial”.