Revista Cobertura – Por – 22/07/2021 as 12:02
Estimativas da ABLA apontam que somente 50% do potencial de compras do setor de locação de carros será realizado este ano
Não fossem os atuais desafios da indústria automotiva, com montadoras reduzindo ou mesmo interrompendo a produção pela escassez de insumos, as locadoras comprariam 800 mil veículos no decorrer de 2021, conforme projeção da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA). A entidade aponta para a realização de no máximo 50% desse potencial, com compras entre 380 mil a 400 mil automóveis e comerciais leves.
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Conforme a projeção da ABLA, levando em consideração que o preço médio dos veículos comprados por locadoras gira em torno de R$ 60 mil, o investimento anual que deixará de ser feito neste ano será superior a R$ 22 bilhões. “A queda é impactante frente ao total de carros que o setor iria comprar, não fossem as consequências dessa pandemia”, diz o presidente do Conselho Nacional da ABLA, Paulo Miguel Junior.
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As novas projeções da entidade que representa as locadoras vão ao encontro das estatísticas da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Em junho, foram quase 167 mil unidades produzidas, o que representou retração de 13,4% em relação ao mês de maio. “É uma produção quase 70% acima daquela verificada no mesmo período do ano passado, mas é preciso lembrar que em abril, maio e junho de 2020 passamos pelo auge das medidas de isolamento”, avalia Miguel Junior.
Conforme o presidente da ABLA, a realidade da indústria automotiva no mundo, não apenas no Brasil, “é a de que as montadoras não têm carros para entregar”. Para Paulo Miguel Junior, a falta de insumos, principalmente de chips, “ainda pode piorar se pensarmos na concorrência com o setor de eletrônicos, que demanda ainda mais semicondutores no segundo semestre. Nossa expectativa é que o mercado de veículos só volte à normalidade em 2022”.