A Susep divulgou a Síntese Mensal com dados do setor em março. Houve crescimento na maioria dos segmentos, incluindo as linhas de negócio que haviam sido mais impactadas pela pandemia.

Apólice – 10 de Maio de 2021

A Susep (Superintendência de Seguros Privados) divulgou hoje, 10 de maio, a Síntese Mensal dos principais dados relativos ao desempenho do setor de seguros até março de 2021. As informações foram obtidas a partir dos dados encaminhados pelas companhias supervisionadas. O documento é atualizado de acordo com o envio pelas empresas, podendo haver ajustes em função de recargas do FIP (Formulário de Informações Periódicas).

As receitas dos segmentos supervisionados pela entidade totalizaram R$ 71,16 bilhões nos três primeiros meses de 2021, um aumento de 9,9% em relação ao mesmo período de 2020, quando as receitas totalizaram R$ 64,74 bilhões.

Os seguros de danos apresentaram um crescimento de 12,0% na arrecadação de prêmios em 2021, quando comparado ao mesmo período de 2020. Foram movimentados R$ 20,49 bilhões nos três primeiros meses de 2021, face aos R$ 18,29 bilhões do mesmo período em 2020.

Os seguros de pessoas foram responsáveis pela arrecadação de R$ 41,87 bilhões este ano, o que representa uma alta de 11,5%, ou R$ 4,32 bilhões, em relação aos três primeiros meses de 2020.

Nos seguros de pessoas e danos, os prêmios diretos totalizaram R$ 62,36 bilhões no acumulado de 2021, uma alta de 11,7% em relação ao mesmo período de 2020.

No segmento de danos, desconsiderando-se auto, o desempenho dos demais seguros de danos foi 20,0% superior no primeiro trimestre de 2021, em relação a 2020, um crescimento de R$ 1,98 bilhão na arrecadação de prêmios.

O segmento de seguros de pessoas apresentou um total de prêmios de R$ 41,87 bilhões em 2021, como pode ser observado na Tabela 3, o que representa um aumento de 11,5% em relação aos três primeiros meses de 2020.

O seguro de vida teve crescimento de 14,6% em relação ao primeiro trimestre de 2020, correspondendo a um aumento de R$ 670 milhões na arrecadação de prêmios.

O índice de sinistralidade do seguro de vida, calculado como os sinistros ocorridos divididos pelos prêmios ganhos no período, foi de 80,5% em março deste ano, o que corresponde a um crescimento de quase 20 pontos percentuais em relação a fevereiro, quando a sinistralidade foi de 61,3% e de quase 40 pontos percentuais em relação a março de 2020, quando foi de 42,1%. O seguro de vida em grupo foi um dos responsáveis por esse aumento, passando de 45,7% em março de 2020 para 65,2% em fevereiro de 2021 e para 86,1% em março de 2021.

Outros ramos associados ao risco de morte, como o seguro auxílio funeral, também observaram um aumento da sinistralidade no mês de março.

VGBL: As contribuições do VGBL em 2021 superaram as dos três primeiros meses de 2020 em 13%, totalizando R$ 30,17 bilhões. As contribuições de março de 2021 superaram as de 2020 em 48,9%. Já os resgates apresentaram aumento de 5,2% em relação ao primeiro trimestre de 2020, totalizando R$ 20,82 bilhões. Nos três primeiros meses de 2021, as contribuições superaram os resgates em R$ 9,34 bilhões.

Seguros de Danos: Com um aumento de R$ 2,20 bilhões entre o primeiro trimestre de 2020 e o primeiro trimestre de 2021, os seguros de danos totalizaram R$ 20,49 bilhões em prêmios. Conforme os dados da Susep, houve um crescimento de 12,0% em relação ao mesmo período de 2020.

Todos as linhas de negócio de seguros de danos apresentadas tiveram crescimento no período analisado, com exceção do seguro garantia. O seguro auto apresentou crescimento de 2,7% no primeiro trimestre de 2021, em relação ao mesmo período de 2020, graças ao crescimento de 5,9% observado em março de 2021, na comparação com o mesmo mês de 2020.

O crescimento de 12,0% dos seguros de danos no primeiro trimestre, em comparação a 2020, é o maior aumento relativo ao período nos últimos 5 anos, sendo mais de 3 vezes superior aos 3,7% observados em 2018. Importante destacar que no primeiro trimestre de 2020 ainda não era percebido o impacto da pandemia nos dados do setor.

Seguro Rural: Nos seguros de danos, a linha de negócio que apresentou maior crescimento no período foi o seguro rural, com incremento de 36,9%, totalizando R$ 1,71 bilhões de prêmios arrecadados nos três primeiros meses de 2021. Em relação a fevereiro deste ano, o crescimento foi de 96,6% e em relação a março de 2020, de 42,1%. O seguro rural é composto por diversos ramos.

O seguro de vida do produtor rural, que funciona como o seguro prestamista em operações de crédito agrícola, teve sua sinistralidade aumentada em março, quando alcançou 55,7%, frente aos 26,9% observados em fevereiro e 11,7% em março de 2020.

O seguro pecuário, ainda com um volume menor de prêmios em relação aos demais ramos de seguro rural, vem mostrando um crescimento acentuado em 2021, frente a 2020.

Responsabilidade Civil: Os seguros de responsabilidade civil tiveram crescimento de 35,4%, no primeiro trimestre de 2021, em relação a 2020, com um volume de R$ 872 milhões de prêmios arrecadados.


Patrimoniais: Os seguros patrimoniais apresentaram crescimento de 33% no acumulado do ano, em relação a 2020. Dentre os ramos que o compõem, destacam-se os seguros de lucros cessantes, que foram responsáveis pela arrecadação de R$ 352 milhões em prêmios em 2021, um crescimento de 218% em relação ao mesmo período de 2020.

Financeiros: Outra linha de negócio que apresentou crescimento superior a 30% no primeiro trimestre foi a de seguros financeiros, com aumento de 31,5% em relação ao mesmo período de 2020.
Nos produtos de previdência, observa-se uma queda de 5,3% na receita no primeiro trimestre de 2021, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

PGBL: O PGBL apresentou nos três primeiros meses de 2021 uma queda de 6,0% nas receitas em relação ao mesmo período de 2020, tendo arrecadado R$ 2,20 bilhões no período. Os resgates no primeiro trimestre de 2021 caíram 14,0% em relação ao mesmo período de 2020, totalizando R$ 2,52 bilhões.

Previdência Tradicional: Observou-se, nas receitas dos três primeiros meses de 2021, em comparação com o mesmo período de 2020, uma queda de 3,5% nas contribuições de Previdência Tradicional. Os resgates também observaram queda, totalizando R$ 0,46 bilhões em 2021, 4,8% abaixo do valor do primeiro trimestre de 2020.
A publicação completa está disponível no link.