Por Redação
Até fins de 2020, existia um instrumento de proteção social que oferecia uma cobertura integral para as vítimas de acidentes de trânsito, o denominado DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre). A Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) será a responsável por gerir todos os sinistros ocorridos a partir de 2021.
A SUSEP, como órgão governamental de fiscalização, intervém para alertar sobre as fraudes no mercado de seguros e para tentar eliminar o monopólio da seguradora Líder, oferecendo a possibilidade aos usuários de escolherem entre novas empresas seguradoras que tenham registro no órgão.
Pela pandemia, foi observada uma queda de 13,1% do trânsito, mas mesmo assim continua sendo uma das maiores causas de morte no Brasil. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil está na quarta posição do ranking mundial de mortes por acidentes de trânsito.
Segundo a empresa comparadora de seguros O Melhor Trato, 57% dos acidentes são por colisão, os quais representam a maior taxa de mortalidade.
Somado a esta cifra, alarmantes em si, somente 3 de cada 10 automóveis que circulam no território nacional contam com um seguro veicular.
Escolher o produto ótimo
A partir da abertura para novas seguradoras, os usuários podem considerar as características a levar em conta para escolher um seguro de carro ótimo para cada um deles.
Existem diferentes produtos no mercado brasileiro das seguradoras:
- Se encontra o seguro de jovem, que é destinado a motoristas iniciantes.
- Tem um segmento especializado de seguros de carro para mulheres que aponta a situações mais cotidianas do trânsito, pois o índice de sinistros é menor.
- Também se encontram os seguros para veículos usados, focados na realização de uma inspeção prévia na totalidade do veículo.
- Por outro lado, se realizam seguros para carros financiados, e
- Por último, o seguro para veículos com franquia exclusiva para pessoas com limitações físicas ou mentais.
Panorama encorajador
Devido ao isolamento social preventivo, os usuários não renovaram seus contratos, isso produziu uma queda na contratação de seguros durante o ano da pandemia, com um piso em maio daquele ano que teve 17,9% menos de contratos com respeito ao ano anterior. Apesar da crise, em setembro de 2020 o mercado segurador começou a mostrar sinais positivos, que se mantiveram desde então.
Em linhas gerais, em 2020, o seguro de veículos caiu 2,1%, em relação ao ano anterior, queda acentuada no primeiro semestre, mas com uma grande melhora no segundo.
Segundo a previsão da Superintendência de Seguros Privados, no primeiro semestre de 2021 o número de clientes de seguro de carros, em comparação ao semestre de 2020, vai aumentar.
A pandemia criou a necessidade de se adaptar rapidamente aos meios virtuais e as seguradoras não estão isentas disso.
Se espera um ano repleto de novas tendências, com maior força tudo o que se refere ao serviço on-line e à adesão ao seguro realizada em sua totalidade de forma digital.
Outra tendência que deve se consolidar neste novo ano é o seguro com pagamento por uso do veículo, devido a que desde que começou a ser aplicado em 2019 mostrou um aumento de 31% nos produtos com base em seu uso, e nos primeiros meses do ano 2020 um aumento de mais de 50% devido à pandemia da Covid-19.
Não há certeza de que os seguros de veículos diminuirão seu valor em 2021, porque há otimismo por parte das seguradoras de que persista a recuperação do número de segurados. Porém, de acordo com a análise realizada por Melisa Murialdo, é um excelente momento para que as companhias seguradoras apliquem um desconto, caso se confirme a redução do risco nas estradas durante o ano 2020 e gere, dessa forma, confiança por meio de benefícios claros e diretos com a possibilidade de atrair mais clientes.