Maior prevalência (60%) é do sexo feminino correspondente a 4,2 milhões de vínculos
Daniela Mallmannda CNN – Tânia Rêgo/Agência Brasil – 21/07/2022 às 08:50 – em Belo Horizonte
Segundo os dados do Panorama dos Idosos Beneficiários de Planos de Saúde no Brasil, desenvolvido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), houve um crescimento nos planos de saúde em todas as faixas etárias acima dos 60 anos, com destaque para idosos com 80 anos ou mais.
Esta faixa etária teve um crescimento de 194% nos últimos 20 anos passando de 422,7 mil, em março de 2002, para 1,2 milhão em março de 2022.
Na sequência, aparece a faixa entre 70 e 79 anos, que dobrou o número de beneficiários, passando de 1,1 milhão para 2,2 milhões.
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Para José Cechin, superintendente executivo do IESS, houve aumento da representatividade de pessoas inseridas no grupo etário dos idosos, especialmente das pessoas com 80 anos ou mais, que acompanha o envelhecimento natural dos beneficiários da saúde suplementar.
“Existe uma preocupação pela manutenção dos planos, por ser um grupo mais suscetível, que tem uma ou mais doenças crônicas, e precisam utilizar mais os serviços. E também um enorme esforço para as pessoas manterem o benefício, por se tratar de contratos com valores mais elevados”, pontua.
Entre março de 2002 e o mesmo mês deste ano, os vínculos de idoso com os planos médico-hospitalares saltaram de 3,4 milhões para 7 milhões (número recorde), ou seja, mais que duplicaram, com alta de 107,6%.
De acordo com o estudo, do total de beneficiários, em março de 2022, o maior volume está no grupo etário de 60 e 69 anos (52%), seguido por 70 a 79 anos (31%) e idosos com 80 anos ou mais (18%).
A maior prevalência (60%) é do sexo feminino correspondente a 4,2 milhões de vínculos.
São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro são os estados brasileiros que têm mais idosos tanto na população (45% do total) quanto entre os beneficiários (63% do total).
O estudo mostrou também que, em relação ao tipo de contratação, houve grande alta em aquisições a planos coletivos, especialmente os empresariais.
A modalidade quase quadruplicou com registro de alta de 280,5% – eram 761,2 mil vínculos em março de 2002 e atingiu 2,9 milhões em março deste ano.
No caso dos coletivos por adesão, o número quase triplicou, saindo de 570,7 mil para 1,5 milhão.