FenSeg > Notícias 30 de Outubro de 2017Quantidade de dióxido pode elevar em 20 metros o nível dos mares e acrescentar três graus A Organização das Nações Unidas (ONU) alertou nesta segunda-feira (30/10) que a quantidade de dióxido de carbono (CO2) presente na atmosfera da terra teve uma aceleração recorde no ano passado- algo incomum há milhões de anos. As consequências podem ser catastróficas, porque podem elevar em 20 metros o nível dos mares e acrescentar três graus às temperaturas. Segundo a ONU, as concentrações atmosféricas de CO2, o principal gás de efeito estufa produzido pelo homem, alcançaram 403,3 partes por milhão (ppm), mais que os 400 ppm de 2015, disse a Organização Meteorológica Mundial (OMM) em seu Boletim sobre os Gases de Efeito Estufa, divulgado anualmente.
A taxa de crescimento foi de 50% acima da média da década passada, colocando os níveis de dióxido de carbono 45% acima dos níveis pré-industriais. “A concentração de CO2 atual de 400 ppm excede a variabilidade natural vista ao longo de centenas de milhares de anos”, disse o boletim da OMM.
Os novos dados ampliam a urgência da reunião marcada, em novembro, em Bonn, quando ministros do Meio Ambiente de todo o mundo trabalharão em diretrizes do acordo do clima de Paris, assinado por 195 países em 2015. Aquele acordo atacado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo a OMM, as emissões humanas de CO2 oriundas de fontes como carvão, petróleo, cimento e desmatamento alcançaram um recorde em 2016, e o fenômeno climático El Niño intensificou os níveis de CO2.
A última vez em que os níveis de dióxido de carbono chegaram a 400 ppm foi entre 3 milhões e 5 milhões de anos atrás, no período do Plioceno médio. Mas a partir de 1990, o efeito do aquecimento global provocado pelo C02 aumentou 40%.