Revista Apólice – Data de publicação – 9 de agosto de 2023
EXCLUSIVO – A maior parte da população da população brasileira está escolhendo viver em condomínios. De acordo com dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), produzida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), entre 1984 e 2019 foram construídos 7,8 milhões de novos apartamentos no Brasil. Só nos últimos dez anos apurados pelo Instituto, o aumento da quantidade de imóveis verticais no país foi de 68,7%.
O crescimento da verticalização nas cidades brasileiras reforça a importância do seguro condomínio, que é obrigatório por lei, de acordo com o Decreto-Lei 73/1966, a Lei 4.591/1964 e o Código Civil (Lei 10.406/2002, artigos 1.346 e 1.348, inciso IX). A cobertura básica do produto cobre riscos como incêndio, queda de raio dentro do terreno onde está localizado o imóvel segurado e explosão de qualquer natureza. Além disso, há coberturas adicionais que podem ser contratadas, como quebra de vidros, anúncios /letreiros, espelhos e mármores; vazamento de Tanques e Tubulações; guarda de veículos; e portões.
A apólice deve ser adquirida até 120 dias a partir da concessão do Habite-se. A contratação deste seguro é de responsabilidade do síndico e, caso ocorra algum sinistro e o seguro não tenha sido contratado, ele poderá ser responsabilizado legalmente, podendo ser obrigado a ressarcir eventuais prejuízos.
Apesar de ser obrigatório, os administradores de prédios estão buscando adquirir uma proteção mais completa. Segundo dados da FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais), o seguro condomínio arrecadou R$ 185 milhões e cresceu 27,9% no primeiro quadrimestre de 2023.
“Ter o condomínio segurado garante tranquilidade para quem administra o empreendimento e, principalmente, para os moradores. Contar com diversas coberturas, além das assistências, traz ao segurado o conforto necessário para momentos de imprevistos indesejáveis. E mais: a possibilidade de diluir o valor da apólice entre os condôminos, reduz o custo de um contrato residencial individual”, afirma Leonardo Freitas, diretor comercial da Bradesco Auto/RE.
De acordo com o executivo, uma das motivações para a expansão da carteira foi a evolução do sistema de trabalho híbrido, que fez com que a população percebesse cada vez mais a importância de proteger sua residência. “Além desses fatores, o aumento na incidência de eventos climáticos extremos, como chuvas, alagamentos e vendavais, tem gerado grandes estragos e prejuízos, principalmente para quem não tem seguro. A Bradesco Seguros cresceu cerca de 27% em prêmios do seguro condomínio em 2022, quando comparado ao ano anterior, o que nos faz ter uma perspectiva positiva para 2023”.
Para Freitas, a atividade seguradora é fundamental para a sociedade, independentemente do tipo de proteção e da configuração social atual, que também se molda constantemente. “O senso de proteção é uma necessidade básica do ser humano. Entretanto, essa mentalidade sobre o seguro ainda precisa ser difundida na cultura do Brasil. As companhias, junto à população, e com apoio de corretores, têm a missão de mostrar que o seguro não é um custo, mas sim um investimento para o futuro”.
O diretor comercial da Bradesco Auto/RE reforça que a companhia está atenta às novidades do mercado, buscando trazer novidades e ferramentas para auxiliar os parceiros na conquista de novos clientes. “Os corretores podem aproveitar o nicho e a baixa oferta do seguro condomínio pelas seguradoras, trabalhando os diferenciais do produto e buscando aprender sobre ele. A plataforma Universeg, por exemplo, contribui para que nossos parceiros adquiram expertise em diversos ramos. Sabemos que esses profissionais são os protagonistas do setor e estreitamos nossa relação com eles para potencializar a disseminação da cultura de proteção”.
Nicole Fraga
Revista Apólice