Notícias | 21 de setembro de 2022 | Fonte: Revista Apólice
“Os desafios impostos pela pandemia influenciaram, e ainda vão influenciar, a relação dos consumidores com seguros, incluindo os de vida”. É o que acredita Alexandre Vicente, diretor de Seguros de Pessoas da Liberty Seguros, sobre o aumento na contratação de serviços de proteção à vida por pessoas com até 20 anos. Dados da Brasilseg apontaram um crescimento de 128% na procura dos jovens por esses produtos entre janeiro de 2020 e janeiro de 2021.
De acordo com Vicente, a sociedade hoje entende um pouco melhor a importância desses produtos e que as coberturas do segmento podem, além de proteger os segurados, serem estendidas aos familiares e facilitar a vida de todos. “Tal movimento ficou evidente no relatório do ano passado da Susep, que mostrou um crescimento geral de 12,8% no mercado segurador no ano de 2021, com arrecadação de R$267,17 bilhões. O destaque dentro dos seguros de pessoas foi justamente o de vida, que atingiu o montante de R$23,46 bilhões, o que representa um crescimento de 17,4% em relação ao ano de 2020”, diz o executivo.
Uma pesquisa interna da Liberty apontou que 32% das pessoas que procuram por seguro de vida hoje estão na faixa etária entre 25 e 34 anos. Segundo Vicente, a possibilidade do cliente personalizar a apólice de acordo com suas necessidades é um dos pontos mais importantes para que esse público passe a procurar ainda mais pelo produto. “Um bom exemplo do trabalho que a companhia vem realizando no setor é a plataforma 100% digital Meu Momento de Vida, lançada em 2020”. O executivo reforça que o principal objetivo da ferramenta é facilitar e desburocratizar o acesso ao seguro de vida, além de oferecer mais oportunidades de negócios para os corretores.
Outra mudança ocasionada pela Covid-19 foi crescimento no número de empreendedores, microempresários e profissionais autônomos. Dados do Sebrae apontam que atualmente existem 13,5 milhões de pequenas e médias empresas no Brasil. Além disso, segundo o IBGE, existem 25,5 milhões de brasileiros que trabalham como autônomos. “O seguro de vida é importante para qualquer pessoa, mas no caso de profissionais autônomos e PME’s essa proteção pode ajudar a garantir um equilíbrio financeiro, especialmente se o cliente não tem uma renda fixa. Por exemplo, se o profissional tem uma renda que varia de acordo com a época, a contratação de um seguro de vida pode ajudar a garantir que ele receba uma indenização em dinheiro em caso de algum problema de saúde e não possa trabalhar”, afirma Vicente.
Para o executivo, com as mudanças nos perfis dos consumidores, as seguradoras também precisam entender as preferências dos clientes para, assim, formulando estratégias que permitam que seus produtos e serviços atendam a essas expectativas. “Para garantir que estamos atingindo diferentes públicos, é necessário entender um pouco mais sobre as tendências que estão guiando o setor”, diz Vicente. O diretor da Liberty Seguros ainda ressalta que também é fundamental que as companhias ofereçam opções com melhor custo benefício, ofertando assistências e coberturas que vão além do seguro contratado.
Vicente reforça que os corretores terão um papel fundamental neste momento de transformação do mercado, pois são eles que conhecem as dores dos consumidores e poderão instruí-los na hora de contratar uma apólice. “Sempre trabalhamos para oferecer os melhores conteúdos e conhecimentos aos nossos parceiros, de forma a desenvolvê-los e ampliar seus negócios. Isso impacta diretamente na expansão do mercado de seguros brasileiro, beneficiando a população e todos os agentes do setor. O seguro de vida está começando a ser enxergado como um benefício que ajuda não apenas no momento do óbito do segurado, mas como algo que pode trazer uma série de benefícios na rotina do cliente, além de proteger seu patrimônio”, conclui o executivo.