N.F. Revista Apólice – 27 de maio de 2020 13:00 0
No dia em que completou 39 anos de existência, 25 de maio, o CVG-SP promoveu um evento para discutir os rumos da distribuição de seguros na pandemia. Sob a mediação do presidente da entidade, Silas Kasahaya, três representantes do segmento analisaram o cenário atual e falaram das suas expectativas pós-pandemia.
Beatriz Abadia, gerente comercial São Paulo e Sul do PASI, relatou um aumento na demanda do atendimento psicológico, serviço que integra o pacote das assistências oferecidas pela Central de Amparo da empresa. “Liberamos essa assistência para os corretores, segurados e suas famílias, pois o nosso trabalho é proporcionar benefícios para serem usufruídos em vida”, disse.
Se por um lado a inclusão de seguros e benefícios nas convenções coletivas de trabalho é uma grande oportunidade de negócios para o mercado, já que tem força de lei, por outro, segundo Beatriz, nem sempre foi fácil convencer os empresários de que se trata de investimento e não de custo. Daí o porque do trabalho de consultoria do corretor se tornou essencial. “Chamamos os nossos parceiros de influenciadores. São eles que mostram o quão importante é ter um seguro para a proteção”, disse a executiva.
Momento favorável
Se existe algum aspecto positivo na pandemia é o fomento à necessidade da proteção do seguro. A avaliação é de Diogo Arndt Silva, sócio fundador e CEO da Rede Lojacorr, que enxerga oportunidades para alavancar a venda de seguro de vida. “Todos voltamos para o núcleo familiar e isso aumentou a percepção de incertezas. As famílias precisam do seguro de vida para se garantirem”, afirmou.
O trabalho informal, que tende a aumentar na proporção do desemprego, tem também um lado positivo na visão de Arndt. “A grande massa que está migrando para o informal não contará com as garantias do Estado, como FGTS e INSS. Esses trabalhadores sentirão a necessidade da proteção do seguro e de produtos que possam ser usufruídos em vida, como o seguro saúde. O momento é favorável para este segmento”, disse o executivo.
Baixo impacto da covid
Abordando o segmento corporativo de saúde, Cassio Giometti, sócio da Sciath Benefits Services, empresa que atua com pequenas e médias empresas na cidade de São Paulo, relatou que não houve forte impacto da covid. Segundo ele, nem mesmo por causa de demissões. “Pelo contrário, poucos segmentos estão demitindo, mas também não estão contratando”, disse.
Giometti informou que a Sciath não teve em sua carteira nenhuma morte por coronavírus e que na área de saúde registrou poucas internações por essa doença. Ele supõe que a razão seja o perfil dos clientes, que pertencem ao segmento corporativo. Por outro lado, a empresa tem observado a preocupação das PMEs de reduzirem custos no seguro de vida e saúde. “Hoje as empresas querem pagar menos pelos mesmos benefícios”, afirmou o executivo.
Por causa da pandemia, a sinistralidade da carteira da Sciath tem caído drasticamente. Segundo Giometti, houve queda no uso dos planos de saúde, sobretudo nas cirurgias eletivas, e também na sinistralidade de saúde e odonto. “Muitas clínicas estão fechadas. Vimos uma redução de quase 90% nas solicitações de reembolso”.
Aniversário
Kasahaya convidou diversos profissionais ligados ao Clube para comemorar o aniversário da entidade. Ele comentou a trajetória da associação e manifestou o orgulho de integrar a organização, passando a palavra para o fundador e ex-presidente, Paulo Meinberg. “A marca CVG tem força, todos conhecem porque o trabalho é feito com amor”, disse Meinberg.
“O CVG-SP evoluiu e se adaptou à demanda atual, provendo os cursos online. Estamos firmes e fortes acreditando que esse momento vai passar”, disse o ex-presidente da entidade, Dilmo Bantim Moreira. O presidente da Comissão Fiscal, Márcio Batistuti, concordou e acrescentou que é preciso se reinventar. Asenate Souza, diretora de cursos, elogiou o trabalho do Clube na disseminação do seguro de vida.
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Para o vice-presidente, Marcos Kobayashi, o mercado de seguro de pessoas tem robustez suficiente para enfrentar a pandemia.