No mercado de planos de saúde, o estado do Paraná pode servir de exemplo para mostrar a estreita relação entre o desenvolvimento econômico e o número de beneficiários de planos de assistência médica. No Brasil, em 2017, o setor perdeu, aproximadamente, 281,6 mil consumidores do serviço. No mesmo período, o estado do Paraná ganhou 21 mil – totalizando 2,8 milhões de beneficiários em planos de assistência médica, sendo um dos 13 estados que apresentou crescimento. Apesar de tímida, essa elevação do número de beneficiários mostra tendência de recuperação no estado, que voltou, praticamente, ao patamar do fim de 2015.
A contratação de um plano de saúde depende basicamente de dois fatores: renda e emprego. Há uma clara relação entre a dinâmica do mercado de trabalho formal e o desenvolvimento do setor de Saúde Suplementar – vale lembrar que 66% dos vínculos de planos de saúde no país são por meio dos coletivos empresariais, quando as empresas contratantes oferecem o serviço como benefício e diferencial competitivo aos seus colaboradores. No Paraná, essa relação é de 61%.
Não por acaso, essa retomada de beneficiários do serviço no Paraná se dá a partir de um novo ciclo de ascensão da economia local. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, o estado teve – entre admissões e demissões – um saldo positivo de 7.740 empregos, contra o fechamento de 123 mil postos de trabalho no país, em 2017. Um dado interessante é que o Paraná gerou 64.539 empregos com carteira assinada para jovens de até 24 anos – nessa faixa etária, o estado foi o terceiro maior gerador de empregos, atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais.
Nos dados gerais de emprego e consumidores de planos de saúde, portanto, o Paraná serve como um farol para o país, demonstrando uma direção a partir do viés gradual de alta desses dois indicadores. A fórmula paranaense passa pela diversidade de sua economia, que apresenta solidez em diversos setores, como na agropecuária, comércio, indústria e serviços. Mais trabalho e renda, mais cuidado à saúde, com a qualidade e segurança do atendimento dos planos.
Solange Beatriz Palheiro Mendes é presidente da FenaSaúde.
Data: 27/02/2018 – Fonte: Site Fenasaúde