EXCLUSIVO – Em coletiva de imprensa realizada hoje, o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, ressaltou o aumento de 132% no volume de pedidos de indenizações relacionados às enchentes no Rio Grande do Sul, em relação aos dados divulgados em 24 de maio.
Até 18 de junho, foram contabilizados 48.870 pedidos, com aumento de mais de 100% do quantidade de reclamações de sinistros, contra 23.441, até 24 de maio. Os valores de indenizações já ultrapassam a marca de R$ 3,9 bilhões em pedidos de indenizações. O maior crescimento de pedidos aconteceu na carteira de seguro agrícola, com 2.215 pedidos. Em termos de valores, o maior crescimento foi em grandes riscos, chegando a R$ 1,322 bilhões.
Os seguros de automóveis bateram a marca de R$ 1,277 bilhão, residencial + habitacional ficaram dem R$ 524 milhões e R$ 181 milhões no seguro agrícola.
“Nós esperamos que haja um crescimento considerável nas semanas seguintes e este não é o numero final. Ele deve continuar crescendo. Temos notícias de que as chuvas aumentaram e de que o Rio Guaíba tem aumentado de quota de inundação novamente. Ainda não há estabilidade”, afirmou Oliveira.
As seguradoras tem mantido o programa de atendimento agilizado, facilitando os pedidos e os pagamentos de indenizações, na medida do que é possível. “Temos expectativa de que valor continuará crescendo nas próximas semanas”, prevê o executivo da CNseg.
Oliveira também apontou que vários produtos de seguros possuem cobertura para eventos climáticos, como chuvas, vendaval, granizo etc. Em auto, residencial, agrícola, grandes riscos, transportes, riscos de engenharia, riscos financeiros e RC.
O presidente da CNseg fez a divulgação da plataforma Encontre Seu Seguro, para que as pessoas conheçam todos os produtos disponíveis no mercado e as suas coberturas.
Para Oliveira, este deverá ser o maior evento singular em termos de impacto no mercado de seguros. “Entretanto, ainda é cedo para falar sobre os seus efeitos. Por um lado, o Estado do Rio Grande do Sul deve ter uma queda na contratação de seguro neste momento, seguradoras e corretores estão operando com dificuldades. Por outro lado, isso funciona como um alerta para a necessidade de contratação do seguro, semelhante ao que aconteceu no pós-pandemia. As projeções da CNseg ainda não foram revistas”, completou.
Sobre os veículos salvados das enchentes, segundo conversas informais com seguradoras, Oliveira informou que os veículos sinistrados podem ser recuperados, porque as perdas podem ter sido mais relacionadas às partes não essenciais.