Jornal O Paraná – 03/05/2017 às 16:50 – por Jaqueline SilvaCinco homens suspeitos de praticar e planejar roubos de celulares em shoppings e supermercados de Curitiba foram presos nesta terça-feira (2), durante a Operação Blackout, deflagrada pela Delegacia de Furtos e Roubos. Além deles, foram autuadas oito pessoas como receptadoras destes produtos. Com uma delas foi apreendido um carro roubado, além do telefone celular.A Polícia Civil chegou até os assaltantes com base em depoimentos de comparsas e no reconhecimento feito pelas vítimas. Foram identificados os responsáveis pelos crimes praticados nos shoppings Palladium, Muller e Curitiba e, ainda, nos supermercados Angeloni e Extra, todos na Capital.Nos casos em que eles não agiram diretamente nos roubos, a atuação foi intelectual, planejando os crimes e cooptando adolescentes para executar os roubos e furtos nos estabelecimentos comerciais. Desta forma, além de responder pelo crime de roubo majorado, eles serão indiciados também por corrupção de menores. A Delegacia do Adolescente auxiliou a Delegacia de Furtos e Roubos para identificar os jovens que envolvidos nos assaltos.O secretário da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná, Wagner Mesquita, destacou o trabalho das equipes de investigação. “Mais uma vez houve uma dedicação diferenciada das equipes, que conseguiram localizar, identificar e prender todas as vertentes do crime, tanto aqueles indivíduos que planejaram as ações, quanto os envolvidos na receptação”, destacou. Até o momento, os policiais da Delegacia de Furtos e Roubos atuaram oito pessoas pelo crime de receptação – elas compraram o aparelho roubado e não conseguiram comprovar a licitude da aquisição. Mais de 40 pessoas, suspeitas de portar os aparelhos roubados, foram conduzidas coercitivamente pela Polícia Civil. Pessoas relataram ter comprado os celulares em bares e na rua por R$ 300 – valor muito abaixo do praticado no mercado. A pena para o crime de receptação pode variar de um a quatro anos de detenção.Segundo Emanuel Davi, delegado operacional da Delegacia de Furtos e Roubos, as investigações seguiram por duas vertentes. “A primeira vertente era buscar os autores diretos dos fatos, aqueles que cooptavam menores para a prática delituosa. A segunda vertente é em relação a quem está comprando esses aparelhos eletrônicos. Um deles chegou a dizer que eram vendidos em bares na rua por valores irrisórios. Celulares que valiam R$ 7 mil eram vendidos por R$ 300,00”, explicou.Em um dos casos, a pessoa disse que comprou o aparelho roubado dentro de um shopping de Curitiba. Os proprietários da loja vão ser intimados pela delegacia para dar explicações. Em outro, policiais encontraram um carro roubado e adulterado com um dos suspeitos, além do aparelho celular. Ele foi autuado por receptação e adulteração.Há também relatos de pessoas que compraram o aparelho celular por um valor próximo ao de mercado, mas sem nota fiscal. Nestes casos, o delegado está arbitrando fiança. OPERAÇÃO – Desde as 6h desta terça-feira (02), cerca de 40 policiais da Delegacia de Furtos e Roubos foram para as ruas cumprir os mandados judiciais. A ação policial aconteceu em Curitiba e nos municípios da Região Metropolitana.A ação policial foi batizada como Blackout porque após os roubos e furtos de aparelhos celulares a polícia solicita ao Poder Judiciário o bloqueio imediato do IMEI (número único que identifica o aparelho) para que não possa ser repassado ou vendido para outras pessoas.
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Polícia prende assaltantes e prende receptadores de celulares roubados