Data de publicação 19 de julho de 2023
A TEx, insurtech especializada em soluções online para o mercado segurador, divulgou os números de junho de 2023 do IPSA (Índice de Preços do Seguro Automóvel). De acordo com o estudo, o preço do seguro automóvel voltou a cair novamente em junho, apresentando redução de 6,1% em relação ao mês anterior, chegando ao valor de 6,2%. Na comparação com 12 meses antes também houve queda de 4,6%.
Segundo Emir Zanatto, CEO da TEx, isso indica mais uma tendência de redução no futuro próximo, desde que os números de roubo e furto permaneçam em queda. “Os números apresentados pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo apresentam queda, mesma tendência no Rio de Janeiro. São fatores que contribuem para que o preço do seguro apresente duas quedas seguidas (maio e junho), o que representa redução de 11,4% em relação ao mês de abril”, explica.
O IPSA de junho apresentou nova queda para o gênero masculino, batendo 6,7%, bem como para o sexo feminino, que ficou em 5,7%. Apesar dessa diminuição da distância entre os sexos, vale destacar que os homens ainda pagam 17,5% a mais que as mulheres.
O estado civil também influencia no valor do seguro automóvel. De acordo com o IPSA de junho, homens solteiros pagaram em média 9,7% no seguro de automóvel, sendo 39,2% mais caro que homens casados, que pagaram 5,9%. Já entre as mulheres, a distância entre solteiras e casadas é menor: 23,2%
Dados regionais
A região onde o segurado reside é um fator muito importante na precificação do seguro, pois interfere diretamente nas taxas de roubo e furto. “Em junho, pudemos observar que a Região Metropolitana do Rio de Janeiro pagou 7,3% (do valor do seguro do carro), aproximadamente 45,2% a mais comparado com a Região Metropolitana de Belém, que pagou 4,0%, o índice mais baixo das regiões comparadas”, destaca o executivo.
Especificamente na cidade de São Paulo, o IPSA aponta que em junho o seguro na Zona Leste reduziu para 8,5%, mas permanece sendo 40% superior à região central. Já no Rio de Janeiro, a distância entre os extremos foi ainda maior, a Zona Norte pagou 44,2% a mais que a Zona Sul. Nesse cenário, Belo Horizonte e Recife apresentaram preços menores em comparação com Rio e São Paulo, pois indicam taxa média de 5% e 4,8% respectivamente.
Em relação ao ranking dos carros mais cotados pelo TELEPORT, o Chevrolet Onix se manteve na liderança com 6,1% do volume total, seguido novamente pelo Hyundai HB20 com 5,3% e o Renault Kwid com 3,0%.
Em relação à análise do IPSA de veículos híbridos, elétricos e à combustão com até dois anos de idade, o índice de carros a diesel manteve-se no topo, com 5%. Já o índice de híbrido diminuiu 12,2%, apresentando a redução mais expressiva, enquanto o elétrico reduziu 8,3%. “Historicamente, os índices de propulsões alternativas são menores que os de veículos à combustão. Isso ocorre em grande parte por conta da manutenção mais simples e dos riscos menores de roubo e furto dos veículos híbridos e elétricos”, contextualiza e executivo.
Vale lembrar que o IPSA é produzido com base nos dados do TEx Analytics, ferramenta de inteligência de mercado desenvolvida pela insurtech e dividido em treze indicadores: IPSA, que mede a inflação geral e leva em consideração segurados de ambos os sexos de todo o país, IPSA por gênero, IPSA por faixa etária, IPSA por estado civil, IPSA por população, IPSA por região, IPSA por idade do veículo, IPSA por tipo de seguro, IPSA por valor da Tabela Fipe, Ranking de mais cotados por combustíveis, Ranking de carros elétricos mais cotados, Ranking de carros híbridos mais cotados, Comparativo do IPSA por combustível, e Ranking de carros mais cotados pelo TELEPORT.
N.F.
Revista Apólice