Notícias | 4 de julho de 2022 | Fonte: Revista Apólice
Quem conhece bem a forma como as quadrilhas agem no roubo de cargas, tem melhores chances de evitar essas ocorrências. Por isso a predição de riscos é um diferencial estratégico, tanto para mitigar sinistros como reduzir o custo total do seguro e gerenciamento de risco no transporte. As empresas que conseguem saber com antecedência como será realizado o transporte de cada embarque, quem será o condutor, quais os trechos com elevada ocorrência de acidentes, e até detalhes sobre o modus operandi de quadrilhas especializadas em roubo de cargas, são mais eficientes no poder decisório de reação a estes e nas providências quanto ao nível de proteção da carga.
Ao reduzirem esses riscos de forma preditiva, as transportadoras, os embarcadores e operadores logísticos têm melhores possibilidades de empregar ferramentas adequadas, diminuir custos, evitar investimentos indevidos, reduzir exposição e, consequentemente, obtêm taxas atrativas no seguro de transporte. “Quando o gestor conhece todo histórico de ocorrências de um determinado trajeto de viagem, sejam elas de acidente ou de roubo, terá a oportunidade de utilizar a inteligência de dados para evitar ou mitigar sinistros”, explica Ricardo Monteiro, executivo responsável pela gestão de riscos da Pamcary.
De acordo com ele, uma boa inteligência na predição de riscos evita, por exemplo, o uso desnecessário ou exagerado de ferramentas que encarecem a operação. “Por sua vez, propicia respostas rápidas em situações de perigo, conhecimento prévio por meio de dados corretamente analisados sobre pontos vulneráveis de uma viagem, adoção de medidas procedimentais que não aumentam o custo, mas reduzem a exposição. Tudo isso, de forma estruturada, conhecendo profundamente a logística do cliente”, enumera.
Outro ponto extremamente relevante e que faz a diferença nos processos de predição de riscos, é que como a Pamcary atende 6 mil sinistros na estrada anualmente, com funcionários próprios, todas as informações capturadas contribuem para que a inteligência artificial seja municiada de forma constante e online, permitindo conhecer a dinâmica e as alterações dos cenários de risco de forma instantânea. Isso torna ainda mais ágil o processo de conhecimento dos riscos e gera uma resposta rápida com soluções inteligentes.
Monteiro explica que ao atuar de forma inteligente, a Pamcary atingiu bons resultados em operações de elevado risco. “Empresas do setor de transporte de cobre, medicamentos, eletrônicos e alimentos, por exemplo, conseguiram reduzir consideravelmente o uso de ferramentas de gerenciamento de riscos, evitando investimentos desnecessários, mantendo a segurança e os resultados”, constata.
Isso só foi possível graças a fatores como acompanhamento contínuo, conhecimento de mercado, capacidade em atender e coletar informações dos sinistros, relacionamentos e utilização de inteligência artificial para predizer os riscos de cada operação.
De acordo com dados da NTC & Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística), o roubo de cargas teve um aumento de 1,8% em 2021, quando comparado ao ano de 2020. “Num comparativo com este mesmo período, a carteira de clientes da Pamcary mostrou redução de mais de 10% na frequência desses sinistros. Juntamente com outros fatores, a queda nesse tipo de ocorrência para os clientes Pamcary impactou diretamente nas taxas de seguro”, revela Monteiro.
Algoritmos antecipam riscos e reduzem gastos
Para contribuir com a predição de riscos das transportadoras, a Pamcary desenvolveu a Torre de Operações, um centro de inteligência com central de dados e tecnologia aprimorada para controlar e atuar sobre riscos logísticos, prevendo qualquer tipo de ameaça durante as viagens e antecipando ações de neutralização.
Monteiro explica que a Torre ajuda a mitigar os prejuízos decorrentes dos eventos, atuando de forma rápida graças a protocolos validados entre todos os lados envolvidos. “Recentemente, numa ocorrência de tombamento de veículo de saque de carga, foi possível atuar com extrema agilidade e inteligência, ajudando as autoridades localizarem e recuperarem aproximadamente 90% dos produtos saqueados”, conta Monteiro.
Outro exemplo refere-se ao roubo de uma máquina avaliada em mais de R$ 600 mil, acontecido no interior do estado de São Paulo. “Por meio de dados sobre o histórico de posição, foi plenamente possível identificar o local suspeito onde o veículo fez uma parada, e posterior localização da máquina intacta escondida em um galpão. O cruzamento dos dados gerados na Torre foi determinante para as equipes da polícia rodoviária atuarem com total agilidade, recuperando 100% da carga”, diz Monteiro.
Toda inteligência digital e preditiva empregada à Torre de Operações permite melhor tomada de decisão, com muita agilidade, o que é fundamental num processo de gestão de riscos, pois a utilização ou não de recursos adicionais, aos inicialmente previstos, gera aumento substancial nos custos do transporte.
“Ao dispor de elementos para conhecer os sinistros em todo território nacional, que permitem evitar o uso complementar de outras ferramentas e ainda assim evitar o evento, a Torre faz com que os recursos tenham redução de até 60% nos custos com ferramentas adicionais de proteção, como exemplo, acionamento de ‘Pronta Resposta’ para saber se uma situação de forte suspeita é um evento que se confirma”, finaliza Monteiro.