14/09/2018 / FONTE: CQCS | Sueli Santos Em entrevista exclusiva ao CQCS, o presidente do Sincor-PE e Vice-presidente da Fenacor, Carlos Valle, apontou pontos importantes para que o Corretor de Seguros alerte seus clientes sobre possíveis causas da companhia de seguros recusar a indenização de um sinistro. Há casos em uma contratação de seguro que se houver sinistro, o segurado pode ficar sem receber a indenização da seguradora porque comete alguns erros. Algumas vezes esses erros são cometidos por desconhecimento da regra. Por exemplo, estamos a algumas semanas do dia da eleição e é muito comum que pessoas tenham feito adesivação dos veículos. Seja por opção individual ou porque trabalham na campanha política. Nesses casos, se o carro for particular, é preciso observar bem o contrato já que algumas seguradoras podem exigir que seja feita alteração na apólice e há um entendimento de que o veículo ao ser adesivado para campanha passa a ter uso comercial ou de fins publicitários’. Essa alteração, inclusive, eleva o valor do seguro. Se o segurado deixa de fazer esse aviso e acontece um sinistro, ele pode ficar sem indenização porque não caracterizou o uso do veículo corretamente. O corretor Carlos Valle diz que para a seguradora recusar o pagamento do sinistro é preciso comprovar a culpabilidade do segurado. Ele relata outras ocasiões em que o segurado pode ficar sem indenização. “É preciso ser flagrado e confirmado pela seguradora”, diz ele. Valle diz que um caso grave que pode fazer com que a seguradora se recusar um sinistro, quando há inversão de culpa. “Em um acidente entre dois veículos, a culpa do acidente é do veículo sem seguro e o dono do veículo com seguro assume a culpa. “Se for confirmado pela seguradora, inversão de culpa é um delito grave que pode levar a seguradora a negar o pagamento da indenização” explica. Um outro motivo que pode fazer com que a seguradora negue o pagamento de sinistro é beber e dirigir. Há campanhas educativas a respeito. “A seguradora nega pagamento e há, inclusive decisões na justiça favoráveis às seguradoras nesse sentido”, diz ele. Assim como fazer alterações no veículo sem avisar a seguradora podem fazer com que a seguradora negue o pagamento do sinistro. Outro item polêmico e que também tem sido alvo de campanhas porque já começam a se comprovar crescimento no número de acidentes é o uso de celular enquanto o motorista dirige. Valle diz que é uma situação frágil que é difícil comprovar já que o motorista pode argumentar que seu celular estava sendo usado por outra pessoa enquanto ele dirigia, mas sem dúvida, usar o celular enquanto dirige é um ato ilícito e se for comprovado, a seguradora nega a indenização. Para Carlos Valle, as pessoas precisam compreender que o seguro indeniza as consequências financeiras de um sinistro, mas não dá a vida de volta ou devolve um parente que morreu, nem repõe um membro (braço, perna) perdido. “Acima das indenizações possíveis, feitas por uma apólice existem perdas que nunca são repostas e se tivermos essa consciência vamos andar direito”, defende.