Revista Apólice – Data de publicação – 30 de agosto de 2023
Já pensou o quanto seus itens pessoais estão cotidianamente expostos a riscos? Seja por possíveis sinistros, furtos, roubos e até acidentes. Nos últimos anos, o brasileiro começou a gerar uma consciência da importância de proteger objetos pessoais e de grande uso cotidiano, como celulares e bicicletas, principalmente pelos grandes índices de criminalidade. O Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostrou que, no período de um ano, o país registrou um crescimento de 16,6% nos roubos e furtos de celulares. O índice passou de 853 mil casos em 2021 para 999,2 mil ocorrências no ano passado. Em média, 114 celulares foram roubados a cada hora no país, totalizando cerca de 2 aparelhos roubados a cada minuto.
Já as bicicletas, além das ocorrências de roubos nas ruas, têm crescido os furtos em condomínios. De acordo com informações do levantamento da Aliança Bike (Associação Brasileira do Setor de Bicicletas), feitos a partir dos dados da SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo), os episódios mais que dobraram nos dois últimos anos. Em 2022, a capital paulista registrou o maior número de ocorrências de bicicletas furtadas e roubadas nos últimos cinco anos: foram 3.795 casos, o que representa 11,1% a mais que em 2021 (3.415 ocorrências). Deste total de quase 3,8 mil ocorrências registradas em 2022, 264 aconteceram dentro de condomínios residenciais.
Portanto, como evitar mais transtorno sendo vítima desse cenário? O seguro tem sido peça chave nessas situações. Segundo Luiz Longobardi, diretor de Mercado e Distribuição e Marketing da Lojacorr, essa é uma realidade que o mercado segurador vem notando e se adaptou para atender todos os nichos e perfis. “Os corretores e as seguradoras viram a necessidade fundamental de considerar a importância desses itens para as pessoas e trouxeram ao longos dos anos uma gama de opções, mas também a oportunidade de incluir o seguro desses itens dentro de outras contratações, como a proteção de celulares e bicicletas no seguro residencial”, explica.
A Zurich Seguros, por exemplo, disponibiliza a proteção para ambos os casos como coberturas adicionais do seguro residencial. O segurado pode contratá-las de acordo com o seu interesse e necessidade no momento da aquisição do seguro. De acordo com Ismael Andrade, superintendente de Seguros Massificados da seguradora, a cobertura de equipamentos portáteis, não apenas celular, garante o reembolso do roubo ou furto qualificado dos equipamentos de propriedade do cliente, ocorridos fora do imóvel segurado. Da mesma forma que a cobertura para bicicletas garante o reembolso para roubo e furto do equipamento, também ocorridos fora da residência.
Andrade também reforça que um dos principais benefícios é que o seguro residencial é um produto financeiramente acessível. “Tem sido pensado de forma que ofereça ao consumidor coberturas e serviços que façam a diferença em seu dia a dia. Quando digo isso, não me refiro apenas aos serviços tradicionais, como um encanador ou um chaveiro, que são muito mais custosos se contratados à parte, no geral. Falo também de serviços diferenciados e extras que podem ser adicionados. Entre eles estão cobertura para equipamentos portáteis e bicicletas fora da residência. E ainda serviços de descarte de resíduos, consultoria ambiental, assistência técnica autorizada para eletrodomésticos, coleta e destinação ecológica de móveis, entulho ensacado e restos de obras na residência segurada, consultoria ambiental, orientação profissional para uso eficiente de energia elétrica, da água e até da iluminação natural. São aspectos que agregam valor ao produto – e o consumidor percebe isso”, afirma Ismael Andrade.
Para Mauro Luiz Vendruscolo, corretor da Ômega Corretora de Seguros, parceiro Lojacorr, o seguro residencial com cobertura de celular e bicicleta é uma opção interessante para quem deseja proteger não apenas a residência, mas também esses objetos de valor. Segundo ele, o seguro pode oferecer cobertura em caso de roubo, furto, danos acidentais ou até mesmo perda dos itens segurados, como celulares e bicicletas, notebook, tablet, etc. E em alguns casos, pode haver cobertura para acessórios e equipamentos relacionados. Mas, o corretor alerta o quanto é importante ler atentamente as condições e coberturas oferecidas pela seguradora antes de contratar o seguro. “Verificar os limites e as exclusões é fundamental para compreender quais situações estão cobertas e quais não estão”, fala. E em caso de sinistro, explica a importância de considerar o valor de cada objeto segurado e verificar se a cobertura oferecida é adequada para esses valores. “Em caso de sinistro, será necessário apresentar provas de propriedade e valor dos itens segurados, como notas fiscais ou documentos que comprovem a compra. É recomendado comparar as opções disponíveis no mercado e buscar por um seguro que melhor atenda às suas necessidades”, destaca Vendruscolo.
Aumento do Seguro Residencial e o destaque para o Sul do país
Na Lojacorr, a alta do Seguro Residencial em 2023 foi de 24,42% nos 12 últimos meses. Até maio, a Zurich também registrou um aumento de quase 20% dos prêmios do seguro residencial em relação ao mesmo período de 2021, sendo um crescimento acima do mercado em geral. O último levantamento efetuado pela FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais) apontou aumento de 25% no Índice de Penetração (IP) do Seguro Residencial entre 2017 e 2021. Considerando os últimos anos mapeados pela entidade, foram 2,8 milhões de residências que passaram a ser protegidas pelo Seguro Residencial e o destaque maior foi a região Sul do país que contou com um aumento de 29,7% de residências com proteção. Logo em seguida vem o Sudeste (22,3%), Centro-Oeste (12,9%), Nordeste (7%) e Norte (4,6%). Entre os estados, o Rio Grande do Sul lidera, com 38,6%, à frente de São Paulo (29%), Santa Catarina (27,1%), Paraná (22,7%) e Distrito Federal (21,8%).
Segundo o diretor de Mercado e Distribuição e Marketing da Lojacorr, a procura por seguro residencial envolve diversos fatores que incluem os benefícios, mas também a preocupação da população em estar seguro dentro da sua própria casa. “A sociedade teve uma mudança de comportamento durante e após a pandemia. Muitas das pessoas começaram a passar mais tempo em suas residências, seja pelo home office ou pelo isolamento social, e isso gerou nelas a consciência sobre a necessidade do seguro, para segurança de si, de seus equipamentos e das atividades cotidianas”, explica Longobardi.
A procura também é reflexo do aumento da criminalidade no país, principalmente notada no Sul. Só no estado do Paraná, por exemplo, o crescimento segundo dados do Relatório Estatístico Criminal da Secretaria de Segurança Pública do Paraná, houve um aumento no primeiro semestre de mais de 16% de roubos em residências e mais de 5% de furtos, se comparado a 2022.
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