COBERTURA ESPECIAL

Por Cobertura Publicado em 01 fev 2021, 10h52 – Por Karin Fuchs

O cenário para 2021 é promissor e de muitas oportunidades para os corretores de seguros.

Roberto Santos, presidente da Porto Seguro, Eduardo Dal Ri, diretor executivo Comercial da Allianz Seguros, e Solange Zaquem, diretora Comercial da SulAmérica, avaliam quais segmentos tendem a se destacar neste ano e os motivos para esse cenário.

Segundo o presidente da Porto Seguro, os segmentos de destaque para este ano serão os produtos relacionados ao Saúde, Residência e Vida. “As pessoas ao longo da pandemia perceberam a necessidade e a importância de ter estabilidade e segurança com sua saúde. Os seguros voltados à residência também passaram a ser mais procurados em 2020 e devem continuar sendo solicitados em 2021. Isso se deve ao novo comportamento do consumidor, que passou a estar mais tempo em seu lar. A preocupação em proteger a sua casa com o seguro residencial realmente é uma tendência para esse ano”.

Como também o seguro de Vida. “Em 2020 fizemos algumas mudanças em nossos produtos. No seguro de Vida, passamos a indenizar casos relacionados ao coronavírus respeitando todos os processos de regulação do sinistro. Acompanhamos os níveis de solvência e liquidez do negócio, sem prejuízo para os clientes da carteira”.

Mesmo movimento foi realizado no seguro Prestamista. “Solução que garante a quitação de uma dívida, dos planos de financiamento ou dos compromissos financeiros do cliente junto à empresa credora em caso de falecimento, desemprego sem justa causa, invalidez e doença”. Para este ano, Santos comenta que a estratégia é manterem o mesmo pensamento sólido em inovação e a diversificação de nosso portfólio. 

“Entendemos que o consumidor está mais ativo e exigente, o que nos faz buscar a sinergia com suas necessidades. Porém, mais do que apenas produtos e segmentos, o consumidor está atento à tecnologia e às soluções inovadoras, que facilitem o seu dia a dia. Por isso, se faz necessário o aprimoramento da experiência do cliente e a facilidade de comunicação, com devolutivas imediatas pelas mais variadas plataformas e meios, permitindo que os escutemos e busquemos as soluções que mais lhes atendam”.

Neste ano, a Porto Seguro intensificará ainda mais os investimentos em soluções práticas que ajudem a resolver algumas questões sem sair de casa e de forma rápida, como por exemplo, o uso do WhatsApp para acionar os serviços, sejam de Auto, Residência ou Cartões.

Retomada

Ao acompanhar o cenário, Dal Ri conta que a percepção é de que alguns produtos terão seus desempenhos retomados e outros se destacarão no pós-pandemia, como Automóvel, Residencial, Grandes Riscos, Engenharia, Transporte e Agro. “As explicações são pautadas na expectativa de uma retomada da economia e a volta das atividades dentro do ‘novo normal’”.

Segundo ele, a preocupação das pessoas com a saúde na hora de circular, privilegiando o transporte individual, pode aquecer a venda de carros novos e, consequentemente, do seguro Auto. “Também é importante ressaltar que, além dos novos contratos, as seguradoras são impactadas por renovação, sejam estas internas ou externas”.

Em alta também, o seguro Residencial. “A adoção em massa do home office fez com que o Residencial ganhasse fôlego, incentivado pela proteção dos equipamentos e maior uso da infraestrutura dos lares, apoiado às coberturas e assistências presentes num seguro. A CNseg apurou que a procura pelo seguro Residência cresceu 42% de março a outubro de 2020, em comparação ao mesmo período do ano anterior, em decorrência do isolamento social”.

A volta das privatizações, na análise de Dal Ri, devem impulsionar o seguro de Grandes Riscos e o de Engenharia. “Um movimento econômico que deve voltar a aparecer são as privatizações e concessões, indicando um crescimento no seguro de Grandes Riscos. O mesmo vale para o seguro Engenharia, que será bastante impactado pela retomada das obras e, também, pelas licitações e concessões aprovadas pelo governo”.

Destaque também para os segmentos de Transporte e do Agronegócio. “Com o isolamento social, os hábitos de consumo apoiados em tecnologias, sites e dispositivos móveis ganharam ainda mais força. O crescimento do consumo on-line impactou as varejistas, que ampliaram e investiram no setor de logísticas e, consequentemente, no segmento de Transportes (em diferentes modais)”.  

Em contrapartida, afirma ele, “o setor do agronegócio se mostrou sólido e recebeu alto investimento do governo, com subvenção recorde, o que impulsiona o crescimento das safras e, consequentemente, uma maior penetração do seguro Agro”.

Investimentos e previdência

Para Solange Zaquem, “por conta do cenário e do momento que estamos vivendo, creio que as carteiras de investimento e previdência podem ganhar um destaque em 2021”. Ela atribui essa projeção principalmente pelo resultado verificado nas bolsas. “Pois, mesmo em meio a essa crise sanitária sem precedentes que estamos vivendo, despertou o interesse das pessoas em proteção financeira, com foco em planejamento para o futuro”.