Jornal de Beltrão – Niomar Pereira – Publicação: 14-09-2017, 08:20A Câmara Técnica de Segurança na Associação Empresarial de Francisco Beltrão (Acefb) fez uma reunião na manhã de ontem, na sede da entidade, com os principais órgãos de segurança do município. O capitão Rogério Pitz, coordenador da Câmara e comandante da 1ª Companhia de Polícia Militar, coordenou o encontro em que foram apresentados os índices de segurança do primeiro semestre de 2017. A 10ª Área Integrada de Segurança Pública (Aisp), composta por 26 municípios e atendida pelo 21º BPM e 19ªSDP, teve uma queda de 18,11% nos roubos se comparado com o mesmo período do ano passado.
Se considerar os furtos, a região de Francisco Beltrão teve a terceira maior redução do Estado (-10,4%), ficando atrás apenas de Umuarama (-14,5%) e Apucarana (-13,7%). A queda no número de roubos de veículos foi a segunda maior do Paraná (-34%), atrás só de Telêmaco Borba (-36,6%).  A queda nos furtos de veículos foi a terceira mais significativa do Estado (-33,7%), abaixo de Ponta Grossa (41,6%) e Telêmaco Borba (38,5%).
Nas ocorrências de tráfico de drogas, a região de Francisco Beltrão teve o segundo maior aumento (36,7%). Este indicador é um bom sinal, pois representa que as forças policiais estão desmantelando mais pontos de tráficos. Foram apreendidos de janeiro a julho deste ano 2.400 quilos de maconha, 14 quilos de crack e 11,5 quilos de cocaína. Entre as 23 áreas de segurança, Francisco Beltrão ficou com a quarta posição em queda de homicídios. De 29 caiu para 20 no mesmo período (-31%). No município de Francisco Beltrão houve a maior redução, de 9 para 4 (-55%).Segundo o Capitão Pitz, Francisco Beltrão teve redução em todos os índices de violência. Para ele, isso é fruto da integração das forças de segurança pública, do aumento do efetivo da PM, com a formação da escola de soldados em janeiro, e do apoio da comunidade que tem colaborado com denúncias. Homenagens aos profissionais
Na reunião, as autoridades também discutiram uma forma de certificar os profissionais de segurança pública que se destacaram em suas instituições, como forma de valorização. Pitz lembra que na mídia nacional, muitas vezes, existem campanhas que denigrem os profissionais de segurança, prejudicando a imagem deles perante a população. “Queremos uma agenda positiva, incentivá-los a melhorar cada vez mais e motivá-los.”
Outro assunto da pauta foi a criação de uma pós-graduação lato-sensu na Unioeste em Segurança Pública. A ideia, destacou o oficial da PM, é incentivar a pesquisa sobre alternativas para a realidade da segurança pública da região. As polícias estão de parabénsFaz alguns anos que acompanho a área de segurança pública e os indicadores nunca foram tão bons. Um dos fatores que colabora para o sucesso das ações é a integração entre as polícias, Ministério Público e Poder Judiciário. As operações conjuntas da Polícia Militar e Polícia Civil baixaram os índices de criminalidade da região de Francisco Beltrão.Os crimes contra a vida não têm ficado sem solução e os furtos e roubos, que incomodam muito a população, estão recebendo prioridade. Diariamente os policiais fecham pontos de tráfico de drogas, prendem traficantes e recuperam produtos roubados. A polícia tem levado a melhor em todas, resultado do preparo dos profissionais e da melhoria das condições de trabalho. Novos armamentos, novas viaturas e mais efetivo.
A Polícia Civil está sofrendo há alguns anos com a falta de agentes, mas o esforço redobrado dos profissionais da região, que integram a instituição, faz com que isso fique imperceptível para a comunidade. Há a promessa de concurso público em breve, mas por enquanto não há previsão para o lançamento do edital.
As cadeias da região e a Penitenciária Estadual estão lotadas, porque os criminosos estão sendo retirados de circulação. Quem ganha são os moradores e as comunidades. Existem gargalos que precisam ser atendidos o quanto antes, como a construção de um Centro de Socioeducação (Cense) em Francisco Beltrão, a nova sede da 19ª SDP, nova sede do 21º BPM e a uma unidade de semiaberto, mas aí a “briga” é com as autoridades políticas. Niomar Pereira, jornalista do JdeB.