Jornal de Beltrão – Niomar Pereira Niomar Pereira • 06/07/2018 – 08h44minJdeB – No período de 1980 a 2015, a região de Francisco Beltrão, formada por 27 municípios, ficou em segundo lugar no Estado do Paraná em termos de prejuízos econômicos gerados por desastres, com perdas avaliadas em R$ 1,3 bilhão. São informações colhidas pela Defesa Civil do Paraná desde 1980.
Neste período, ocorreram 661 desastres com 1 milhão de pessoas afetadas, mais que o dobro de sua população. Em termos financeiros, a região Sudoeste ficou atrás apenas da região de Cascavel que contabilizou R$ 1,6 bilhão. Os cincos desastres mais comuns foram vendaval (196 casos), estiagem (153), granizo (112), enxurradas (72) e inundações (44). Francisco Beltrão é a 10ª cidade do Estado que mais registrou desastres ao longo da história. Na região de Pato Branco, que tem 15 municípios, os prejuízos foram menores, mas não menos significativos. Em 35 anos, a Defesa Civil registrou 305 desastres com prevalência de vendaval (97), granizo (54), estiagem (47), enxurradas (36) e inundações (26). O número de pessoas afetadas é de 385.318. O prejuízo financeiro foi de R$ 483 milhões.A região Sudoeste do Paraná tem alto índice de desastres naturais. E, os moradores mais antigos, tinham o costume de queimar ramo benzido para “acalmar” tempestades. É uma superstição religiosa cultivada por muitas pessoas ainda nos dias atuais, se funciona ou não, vai da fé de cada um. O fato é que a maioria das pessoas trabalha duro para construir um patrimônio ao longo da vida.Ter uma casa ou um carro exige muito esforço e não há nada mais frustrante que ver tudo destruído ou danificado em poucos minutos. Pois foi exatamente assim que muitos beltronenses se sentiram na sexta-feira, à noite, com uma tempestade de granizo que durou cerca de quatro minutos e provocou estragos em 4.266 moradias, sete escolas e cinco estabelecimentos de esportes e ainda atrapalhou alguns eventos que aconteciam naquele momento.Pedras de gelo do tamanho de um ovo perfuraram telhados e amassaram veículos. O prejuízo aproximado, segundo o coordenador municipal da Defesa Civil, Marcos Gross, é de R$ 8 milhões. É uma estimativa, porque não estão contabilizadas as perdas de empresas e danos nos carros. Quem tinha seguro residencial passou pelo transtorno momentâneo, mas terá a despesa ressarcida. Quem não tinha, é certo que terá prejuízos.O prejuízo veio, mas o seguro cobriu
A cobertura da casa do vendedor Ricardo Pilger foi danificada e uma TV queimou durante a tempestade de granizo. Embaixo de chuva, ele colocou uma lona no telhado para evitar a chuva e, em seguida, ligou para o corretor de seguros, que orientou que fossem feitas fotos dos estragos. No dia seguinte, ele providenciou os reparos, pegou notas e orçamentos da mão de obra e do material utilizado e encaminhou para a corretora.
“Apresentei os papéis com toda a documentação para abrir o sinistro. A previsão é que com até 25 dias o dinheiro seja compensado.” Ele teve que pagar uma franquia de R$ 350, mas o prejuízo na casa foi muito maior. Faz três anos que a família tem seguro residencial. “Meu irmão não tem seguro e vai ter prejuízo de mais de R$ 2 mil”, conta Pilger.
Procura aumentou 70%
A gerente da Dilamar Corretora de Seguros, Rosiclei B. Savegnago, diz que a procura para abrir sinistros aumentou cerca de 70% nesta semana. “Tivemos, um aumento considerável de procura pois os estragos foram grandes.” Ela afirma que o seguro residencial está muito mais acessível e não faz sentido as famílias não terem. “Os clientes associam o custo do seguro residencial com o custo do seguro de automóvel, acham que fica um valor elevado, mas quando veem que não é assim que funciona ficam bem interessados.”Rosiclei salienta que menos de 20% da população local tem seguro de residência, seja casa ou apartamento. “Mas percebemos que as famílias estão mais conscientes da importância do seguro do seu patrimônio, pois o que vem acontecendo de danos com vendaval, granizo, enchentes e até outros acontecimentos nos pegam surpresa. São prejuízos elevados e que, na maioria das vezes, desestrutura financeiramente a família.”Elizabeth e Dineia.Seguro hoje tem custo baixo
Elizabeth Carboni, da Carboni Corretora de Seguros, ressalta que o seguro de residência é de extrema importância para o bem-estar e solidez da família. “Tem um custo baixo, quando bem contratado, resolve com rapidez e eficácia as indenizações. Há cobertura de vendaval/granizo, entre outras. Colabora e indeniza prédio e conteúdo.
Na verdade, quando acontecem essas catástrofes, constatamos que muitas pessoas ainda não fazem seguro de suas residências. Talvez pela falta de informação, por achar que o custo é elevado”, comenta.O gerente da agência central do Sicredi de Francisco Beltrão, Fabio Dalponte, diz que mais de 100 sinistros foram abertos desde segunda-feira. “É muito importante ter o seguro residencial, porque em minutos a pessoa pode perder o que levou a vida para construir.” A informação repassada é de que as vistorias estavam sendo feitas em até 48 horas, após abertura do processo, com pagamento em depósito entre 7 e 10 dias.Segundo ele, o seguro residencial está muito mais barato. Com apenas R$ 100 por ano já é possível segurar um apartamento. Para uma casa de alvenaria, por exemplo, o preço pode variar de R$ 300 a R$ 400, depende muito do que será contratado.Rosiclei Savegnago.No Paraná, só 20% das casas têm seguroJdeB – De acordo com Danilo Silveira, presidente da Comissão de Riscos Patrimoniais Massificados da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg), os brasileiros estão cada vez mais interessados em seguros residenciais. “E isso é comprovado no índice de renovação. No Brasil, há espaço para ampliação de mercado. Até 2020, a previsão de crescimento é de 10% ao ano.”
No Brasil, o índice de penetração é de 14,5% (do total de casas quantas tem seguro) e no Paraná, o índice é de 19,9%. Danilo observa que é um produto de custo baixo e elevado custo benefício.
Vantagens- Pode-se incluir assistências emergenciais e de conveniência;- Concessão de coberturas como de incêndio, danos elétricos, etc;- Seguro residencial tem custo acessível;- Tíquete médio R$ 225 por ano;- Pouco burocrático com contratação simplificada;- Deve-se falar com corretor sobre as melhores opções;- Cobre até mesmo as microempresas que as pessoas têm em casa. Há motivos para se protegerJdeB – No período de 1980 a 2015, a região de Francisco Beltrão, formada por 27 municípios, ficou em segundo lugar no Estado do Paraná em termos de prejuízos econômicos gerados por desastres, com perdas avaliadas em R$ 1,3 bilhão. São informações colhidas pela Defesa Civil do Paraná desde 1980. Neste período, ocorreram 661 desastres com 1 milhão de pessoas afetadas, mais que o dobro de sua população. Em termos financeiros, a região Sudoeste ficou atrás apenas da região de Cascavel que contabilizou R$ 1,6 bilhão. Os cincos desastres mais comuns foram vendaval (196 casos), estiagem (153), granizo (112), enxurradas (72) e inundações (44). Francisco Beltrão é a 10ª cidade do Estado que mais registrou desastres ao longo da história.Na região de Pato Branco, que tem 15 municípios, os prejuízos foram menores, mas não menos significativos. Em 35 anos, a Defesa Civil registrou 305 desastres com prevalência de vendaval (97), granizo (54), estiagem (47), enxurradas (36) e inundações (26). O número de pessoas afetadas é de 385.318. O prejuízo financeiro foi de R$ 483 milhões.Cartilha explica regras e condições do seguro de condomínioDe contratação obrigatória, apólice pode incluir cobertura básica simples ou ampla.A Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg) lançou a cartilha “Entenda o Seu Seguro – O Seguro de Condomínio – Orientações para o Consumidor”, com o objetivo de esclarecer e orientar o consumidor sobre questões importantes em relação à contratação e à utilização dessa carteira de seguros.O Seguro de Condomínio é de contratação obrigatória e se destina a condomínios de uso residencial, comercial e misto. A cobertura básica simples garante a proteção contra danos causados pelos riscos de incêndio, queda de raio dentro do terreno, explosão por qualquer natureza e queda de aeronave.O condomínio também pode optar pela cobertura básica ampla, que protege o condomínio de ocorrências que podem causar dano à estrutura do prédio, como incêndios, explosões, fumaças, quedas de aeronaves, vendavais, impactos de veículos, danos elétricos, quebras de vidros, chuveiros automáticos, tumultos, greves e lock out, portões, alagamento, desmoronamento e vazamento de tanques ou tubulações, exceto eventos excluídos, devidamente detalhados nas condições gerais do seguro.
Fonte:
https://www.jornaldebeltrao.com.br/noticia/276506/tempestades-nao-da-pra-confiar-so-no-ramo-benzido/