Uma das maiores autoridades do mercado segurador brasileiro, o presidente do Conselho Diretor da CNseg e membro do Conselho de Administração da Porto Seguro, Roberto Santos, falou para uma plateia de 120 seguradores e corretores na última terça-feira (13/08), no Hotel Radisson, em Curitiba, no último evento do Ciclo de Palestras Comemorativas ao Centenário do Sindseg PR/MS.

O Ciclo de quase um ano compreendeu quatro eventos com um total de seis palestrantes. Iniciou em novembro de 2023 com o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, em fevereiro deste ano trouxe o presidente do Grupo Bradesco Seguros, Ivan Gontijo, no mês de abril um evento reuniu os três dirigentes de seguradoras com matriz no Paraná, Edward Lange (Sancor), Roque de Holanda (Junto) e Ricardo Iglesias (Centauro), encerrando o ciclo ontem com Roberto Santos (Porto Seguro).

A abertura de todos esses eventos ficou por conta do presidente do Sindseg PR/MS Altevir Prado, que procurou exaltar os 100 anos de história do sindicato, mostrando um pouco das contribuições ao mercado e o esforço da atual diretoria pela difusão do seguro na sociedade.

“Nesses 100 anos nossa instituição passou por momentos históricos, muitos deles bem complicados. No Brasil e no mundo sobrevivemos a todos eles. Contudo a nossa grandeza não está apenas em nossa história, mas também no presente atuando e fomentando a cultura do seguro. Mas a razão da existência de uma entidade representativa só faz sentido se ela agregar valor ao seus representados. Nossa instituição tem se dedicado ativamente a colaborar promovendo e impulsionando a cultura do seguro”, disse Altevir.

Ele falou sobre cada uma das ações realizadas desde que assumiu a presidência do sindicato em 2021 levando conhecimento sobre seguro além das fronteiras do mercado, dialogando com outros segmentos econômicos. Citou o sucesso da exposição “Seguro através do tempo”, que percorreu cinco cidades paranaenses apresentando a magnifica história do setor. Destacou também a importância do livro “Legado Assegurado”, que foi lançado durante as exposições pelo interior e será entregue para bibliotecas públicas de todos os municípios do estado.

O presidente do Sindseg PR/MS também fez um balanço das campanhas publicitárias nas redes sociais falando sobre as diversas modalidades de seguro, que tiveram média de 623 mil visualizações por mês com um total de 3,3 milhões de pessoas impactadas. “Mercado de seguro desenvolvido é sinal de uma sociedade próspera. Para isso é preciso ampliar, persuadir e convencer a sociedade da necessidade da proteção securitária”, concluiu Altevir.

Na sequência foi apresentado um vídeo institucional que destaca as transformações que ocorreram ao longo de um século enfatizando que a evolução seguirá promovendo mudanças no modo de vida das pessoas, seus automóveis e residências, mas ao final mostra que o seguro continuará sempre fundamental.

Comenda

A “Comenda Medalha Centenária Rosácea Paranista”, criada pelo Sindseg PR/MS por ocasião de seu centenário para homenagear pessoas que contribuíram de forma decisiva para o desenvolvimento do mercado segurador, foi entregue para mais duas pessoas. O próprio palestrante, Roberto Santos, e para o fundador da Lojacorr José Heitor Silva. Ambos não sabiam da homenagem e se disseram muito emocionados e agradecidos.

Palestra

Roberto Santos fez uma palestra sem devaneios, com clareza de raciocínio ímpar enfrentou temas espinhosos. Fez de sua própria experiência profissional e de vida fonte de inspiração para as novas gerações de seguradores e corretores. Destacou o valor da leitura, da coragem e do desprendimento para enfrentar novos desafios e crescer na profissão. Rechaçou as tentativas de rotulação do mercado segurador como arcaico, mostrou que a tecnologia já está presente no setor há bastante tempo e ponderou que é preciso cautela com soluções tecnológicas milagrosas.

O ponto de partida da palestra foi meta do Plano de Desenvolvimento do Mercado Segurador (PDMS), da CNseg, de que o mercado passe a representar 10% do PIB até o final da década. Roberto Santos mostrou seu ponto de vista sobre cada um dos desafios que precisam ser enfrentados para alcançar a meta.

Tratou desde as mudanças legais e regulatórias que estão sobre a mesa, como a regulação das Associações, fez críticas contundentes ao open insurance, falou da necessidade da instituição seguro ser mais aberta e proativa. Nessa linha ele citou como exemplo o trabalho recente da CNseg na tragédia do Rio Grande do Sul, que, segundo ele, se antecipou a eventuais críticas na imprensa, coletou e divulgou os números de acionamentos e indenizações e mostrou as iniciativas louváveis das companhias.

Santos dedicou boa parte de sua apresentação para mostrar como as seguradoras precisam adaptar seus processos, usar a tecnologia a seu favor, mas sempre colocando a experiência do cliente em primeiro lugar, tanto na contratação, como em caso de acionamento. “A pessoa paga o seguro para não usar, mas quando ela precisa, é um momento crucial na relação com a seguradora em que ela precisar ser bem atendida, ter uma boa experiência e receber a indenização sem excesso de burocracia”, disse.

Veja a íntegra do evento na TV Sindseg PR/MS: