Sonho Seguro – 10/08/2023 14:04 – POR DENISE BUENO

A arrecadação do setor no acumulado até junho deste ano foi de R$ 181,77 bilhões, o que representa crescimento de 7,7% em relação ao primeiro semestre de 2022, segundo informa a Superintendência de Seguros Privados (Susep) em seu relatório Síntese Mensal, com dados do setor de seguros referentes aos seis primeiros meses de 2023. O documento foi produzido pela Autarquia com base nos dados encaminhados pelas companhias supervisionadas.

Em relação às indenizações, resgates e sorteios, o setor devolveu à sociedade o montante de R$ 18,29 bilhões em junho de 2023. No acumulado de janeiro a junho, o total é de R$ 113,64 bilhões injetados na economia.

Os segmentos de seguros de danos e pessoas, sem considerar o VGBL, apresentaram crescimento de 12,3% nos primeiros seis meses de 2023, em relação ao mesmo período de 2022, com uma arrecadação acumulada de R$ 89,83 bilhões.

Para o superintendente da Susep, Alessandro Octaviani, “há alguns riscos e interesses seguráveis que possuem nítida relação com a tecnologia, para os quais devem-se desenvolver percepções e coberturas adequadas, como os riscos cibernéticos que podem ter dimensões junto à privacidade ou às próprias infraestruturas econômicas críticas do País. A Susep atuará para emanar normas adequadas para lidar com os riscos derivados de inovação tecnológica, contribuindo com o desenvolvimento dessa linha de negócio.”

Nos seguros de danos, no acumulado até junho deste ano, houve alta de 14,6% na arrecadação de prêmios, em comparação com o mesmo período do ano passado. Especificamente na linha de negócios do seguro auto, os prêmios atingiram R$ 26,99 bilhões no acumulado do primeiro semestre de 2023, valor 18,3% superior ao do mesmo período de 2022.

Os seguros contra riscos cibernéticos apresentaram um valor de R$98,12 milhões no acumulado de prêmios do primeiro semestre de 2023, um crescimento de 27,2% em relação ao mesmo período de 2022. O segmento vem em constante crescimento e o arrecadado de janeiro a junho de 2023 chega a ser onze vezes mais que o total do mesmo período de 2019.

Ainda de acordo com a edição de junho, nos seguros de pessoas, o seguro de vida atingiu, em junho de 2023, o montante acumulado de R$ 14,29 bilhões, valor que representa um crescimento de 11,3% em relação ao primeiro semestre de 2022.

Previdência

A previdência privada aberta registrou captação líquida de R$ 11,4 bilhões no primeiro semestre, apontam os dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi). Segundo a entidade, os aportes somaram R$ 77,4 bilhões, com alta de 2,9% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto os resgates ficaram em R$ 66 bilhões.

O levantamento mostra que quase 11 milhões de brasileiros já acumulam R$ 1,3 trilhão em ativos em planos de previdência privada aberta, alta de 14,1% sobre os primeiros seis meses de 2022.

De acordo com a Fenaprevi, nos últimos três anos houve comprovadamente um esforço dos participantes para manter as contribuições. Ao olhar o histórico, nos últimos 10 anos, de 2013 a 2022, a captação bruta cresceu em média 8,6% ao ano em termos nominais. Em termos reais, quando descontada a inflação, observa-se um crescimento quase quatro vezes maior do que o da economia brasileira no período.

Segundo o presidente da Fenaprevi, Edson Franco, “apesar do cenário de recuperação lenta da economia, com um nível de inadimplência acima da média e alta restrição de crédito, o crescimento no volume de aportes e a estabilidade da quantidade de participantes no sistema são bons indicadores da importância dada pelos consumidores ao planejamento financeiro familiar e da relevância de preservar uma poupança previdenciária de longo prazo”.

Os dados indicam que, em junho, 10,9 milhões de pessoas tinham planos de previdência privada, quantidade 1,6% acima da registrada em junho passado. Desses, 80% estão em planos individuais e 20% em planos coletivos.

Em relação ao tipo de produto, 61% dos usuários têm planos VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) e outros 21% em PGBL (Planos Gerador de Benefício Livre). Os demais participantes têm planos tradicionais e Fapi (Fundos de Aposentadoria Programada Individual).

Na distribuição por aportes, no primeiro semestre, R$ 70,5 bilhões dos recursos foram alocados em VGBL, com alta de 2,6%. Os PGBLs receberam R$ 5,4 bilhões, cifra 10% acima do registrado no primeiro semestre do ano passado. Outros R$ 1,6 bilhão foram destinados aos planos tradicionais e Fapi.