CQCS – Notícias | 31 de janeiro de 2024 | Fonte: Insurtalks
Desafios enfrentados na indústria de seguros
Apesar de o uso da tecnologia ter desenvolvido bastante o setor de seguros nos últimos anos, alguns desafios surgiram a partir disso. A oscilação econômica, a inflação, os desafios da cadeia de abastecimento, o aumento das taxas de juro, continuam presentes e provocam uma série de mudanças. Na tentativa de otimizar seus negócios, as seguradoras têm buscado soluções para aprimorar operações, no entanto é preciso ir além.
“Fora de sintonia” com as exigências e desafios do mercado
De acordo com estudo da Majesco, grande parte dos problemas que as seguradoras estão encarando no momento indicam que estão “fora de sintonia” com as exigências e desafios do mercado. Além disso, a pesquisa apontou que as empresas estavam focando principalmente em: lucratividade, custos operacionais e talento. Porém, questões mais urgentes precisarão entrar nos planos das seguradoras, como: crescimento, avanços tecnológicos, aumento dos custos de resseguro, mudanças regulatórias, acesso ao capital de resseguro, tecnologia legada e mudanças nas expectativas dos clientes.
Foco no cliente e nas novas gerações
O Property Casualty 360 traz ponderações acerca da necessidade de mudanças e revela a importância do foco no cliente e nas novas gerações de jovens adultos em ascensão, indicando que é preciso inovação de produtos que criem um aspecto humanizador e personalizado aos serviços oferecidos. “Estes produtos necessitam de utilizar mais dados pessoais do cliente, incluindo dados telemáticos, que reflitam melhor os níveis reais de risco e os comportamentos em tempo real. Inclui recursos de prevenção e mitigação de riscos para ajudar os clientes a evitar perdas, redefinindo drasticamente a experiência do cliente e os parâmetros de fidelidade. As estratégias tradicionais orientadas para o produto raramente satisfazem estas novas expectativas” – alegou o portal. Além disso, o portal relatou que as tecnologias, dispositivos telemáticos, produtos IoT, e seguros integrados são de grande interesse do público das gerações Z e Millennials. “Com a inflação consumindo o rendimento disponível e os custos com sinistros, aumentando os prémios de seguro, existe uma preocupação real de que a lacuna de proteção se amplie para muitos consumidores e empresas”.
É preciso desenvolver adaptação e flexibilidade frente às mudanças
Ao desenvolverem uma postura flexível e adaptável diante das mudanças, as seguradoras podem adequar seus produtos de acordo com as novas demandas do mercado de forma mais efetiva. “As operadoras mais inovadoras e lucrativas concentram seus esforços de gerenciamento de produtos em produtos com flexibilidade e eficiência de preços e classificações que proporcionam velocidade ao mercado e valor ao cliente”, comenta o Property Casualty 360.
Uso de experiência brasileira para fortalecimento de mercado de seguros global
A CNseg propôs uso de experiência brasileira para fortalecimento de mercado de seguros global. Foram apresentados alguns projetos no mercado segurador brasileiro durante a Reunião Planejamento da Fides, no Peru, no dia 18 de janeiro. Na reunião, assuntos que envolvem ações em inovação, riscos climáticos e cibernéticos foram colocados em evidência, e podem ser implementadas ainda este ano, caso sejam aprovadas pelo board da Fides. As propostas têm um grande potencial para colocar a América Latina, Espanha e os Estados Unidos como referência no desenvolvimento de soluções de seguros, com enfoque no consumidor e na mitigação de riscos – conforme revelado pela CNseg, o que sem dúvidas irá reverberar na posição das empresas em meio ao cenário global de avanços.
É preciso buscar a antecipação e adequação às mudanças para manter a consistência de mercado
Conforme as reflexões dos especialistas apontados acima, é fundamental que as seguradoras desenvolvam produtos e serviços inovadores que agreguem um toque humanizado e personalizado para os segurados, que elas invistam em tecnologias que melhorem, efetivamente, sua eficiência operacional e que se posicionem de maneira estratégica para conseguir “entrar em sintonia” com as exigências e desafios do mercado. Isso requer pesquisa, observação de mercado, antecipação de tendências, adequação às mudanças regulatórias e, claro, consistência na busca por adequação aos novos modelos e necessidades de consumo. É a consistência da busca pela antecipação e adequação às mudanças que fará com que a indústria seguradora mantenha a consistência de mercado.