Notícias | 9 de abril de 2025 | Fonte: CQCS l Ítalo Menezes
Com o aumento dos casos de roubos, furtos e acidentes de trânsito, muitas pessoas têm recorrido ao Seguro Auto. No entendo, ainda há muitas dúvidas sobre o funcionamento das apólices, especialmente em situações envolvendo vários veículos. Uma reportagem exibida recentemente no Bom Dia Paraná, telejornal da RPC Curitiba afiliada da Globo no Estado do Paraná, trouxe esclarecimentos importantes sobre o tema.
Em entrevista ao jornal, Luiz Assi, presidente da Comissão de Direito Securitário da OAB/PR, reforçou que é fundamental conhecer os termos do contrato. “A principal regra é ler a apólice. Cada contrato estabelece as situações cobertas de maneira específica. Isso impacta diretamente o valor pago e a cobertura oferecida”, explica.
De quem é a responsabilidade financeira após uma colisão?
Um dos pontos destacados na matéria é a dúvida comum: em um acidente entre dois veículos segurados, qual seguro deve ser acionado? Luiz Assi esclarece: “Se os dois motoristas têm seguro, qualquer um pode acionar sua própria seguradora. Se você não for o culpado, ainda assim pode usar seu seguro para não se incomodar, e depois a seguradora vai buscar o ressarcimento da parte responsável.”
O especialista exemplificou com um caso real no qual caminhão deu marcha a ré e atingiu seis carros ao mesmo tempo. Nessa situação, entra em cena a cobertura de danos materiais. “Se você tem cobertura de danos materiais de R$ 100 mil e o prejuízo total ultrapassa esse valor, a seguradora cobre até esse limite e o restante pode ser de responsabilidade do segurado”, esclarece.
Documentação é essencial
Para garantir a indenização, o especialista reforça a importância da documentação. Registrar boletim de ocorrência, fotografar os danos, pegar contatos dos envolvidos e reunir todas as informações possíveis são etapas fundamentais. “Esses dados ajudam a seguradora a apurar quem é o culpado e a dar andamento no processo de cobertura”, orienta Assi.
Crescimento nas contratações e indenizações no Paraná
Dados da Confederação Nacional das Seguradoras mostram que, até novembro de 2024, o setor arrecadou mais de R$ 4 bilhões em seguros no Paraná, um crescimento de 1% em relação ao mesmo período de 2023. O número de indenizações também aumentou significativamente: foram pagos R$ 2,8 bilhões em ressarcimentos, alta de 16,2% em comparação ao ano anterior. O levantamento indica que cada vez mais pessoas estão buscando proteção junto às seguradoras, mas reforça-se a necessidade de atenção às cláusulas contratuais. Afinal, entender o que está e o que não está coberto pode evitar surpresas em momentos de crise.