Proteção pode ajudar a reduzir custos operacionais e expandir negócios com maior segurança, protegendo também o caixa das companhias e evitando prejuízos.

CQCS – 26 de abril de 2021 16:54

EXCLUSIVO – Como consequência do distanciamento social para conter o contágio da Covid-19, muitos empresários estão sem renda para arcar com as despesas do dia a dia, o que os fizeram procurar instituições financeiras para obter crédito e manter o negócio aberto durante a quarentena. De acordo com o Indicador de Demanda das Empresas por Crédito da Serasa Experian, cresceu 10,9% a busca dos negócios por linhas de crédito em março de 2021, quando comparado ao mesmo recorte no ano passado.

Analisando a demanda de cada setor anualmente, as empresas de Comércio e Serviços foram as que mais buscaram recursos, impulsionando os dados gerais. Veja no gráfico abaixo:

No Mato Grosso, por exemplo, dos 3.608 pedidos de linhas de crédito emergencial analisados pela Desenvolve MT entre 11 de março e 16 de abril deste ano, 95,15% foram negados por diversas irregularidades e falta de enquadramento dos proponentes.

Sendo assim, contar com uma proteção em situações como essa é fundamental, e um ótimo aliado do empreendedor é o seguro de crédito. O produto, além de garantir a continuidade do negócio contra o não pagamento de dívidas de transações comerciais, assegura a indenização à empresa segurada (credor) que não receber os créditos concedidos a seus clientes (devedores). Ele pode ser contratado para vendas a prazo no mercado interno e para operações financiadas de exportação.

Segundo Luciano Mendonça, diretor comercial da Euler Hermes, o seguro de crédito é a única ferramenta que traz a certeza de que o fluxo de caixa previsto será realizado e os negócios não sofrerão impactos. “Por melhor que seja o processo de produção, o produto vendido, a qualidade financeira do comprador, tudo isto é sujeito ainda a situações futuras impossíveis de se prever e que afetam a probabilidade daquela venda ter seu pagamento na data prevista, e assim causar problemas. Os riscos que envolvem um negócio são inúmeros, e os empresários buscam se proteger com uma boa avaliação do mercado em que atuam, além de adotarem outras medidas para obterem sucesso e lucrarem”.

Durante os últimos 12 meses, notou-se um aumento pela procura da solução de seguro de crédito por parte de corretores e clientes, uma vez que o seguro de crédito ganha destaque em momentos de cenários econômicos complexos e incertos, como o atual, que, podem trazer a elevação da inadimplência.

De acordo com a Susep (Superintendência de Seguros Privados), a sinistralidade do mercado passou de 35% em 2019 para aproximadamente 50% em 2020, o que evidencia esse cenário. Com as novas regulamentações adotadas pelo regulador, como a Circular 621/2021 e a Resolução CNSP 407, espera-se maior flexibilidade em atender às necessidades locais com o seguro de crédito, o que levaria a uma tendência de aumento da carteira de seguro de crédito nacional.

Micro e Pequenas Empresas são líderes na demanda por crédito

De acordo com o indicador do Serasa Experian, ainda na comparação interanual, as empresas de menor porte seguem sendo as que mais demandam por crédito no país, com aumento de 11,2% em março/21. As de médio porte cresceram apenas 0,1% depois de queda de -0,5% em fevereiro, já as grandes se mantêm.

Para André Graupen, gerente de Seguro de Crédito da AIG, o setor pode ajudar na conscientização dos empresários de que é importante contar com proteção independentemente do tamanho do negócio. “O seguro de crédito é uma ferramenta de mitigação de riscos de inadimplência das empresas junto ao seu portifólio de clientes, contribuindo para maior previsibilidade da performance do contas a receber e evitando grandes flutuações em momentos de crise”.

Nicole Fraga
Revista Apólice