Revista Cobertura – Por – 159 visualizações – 10/01/2024 as 11:18 – Por David Beatham
O que é sinônimo de um bom planejamento financeiro para você? Manter as despesas em linha com o orçamento, estar com as contas em dia e ter uma reserva para eventuais necessidades são os itens que mais recebo como resposta, o que não deixa de ser verdade. No entanto, uma medida essencial acaba ficando fora da lista: contar com um seguro de Vida. Muitas vezes associado a auxílio em um momento delicado como o falecimento, o seguro de Vida é tão importante quanto todas as justificativas mencionadas, e sua relevância tem ficado cada vez mais evidente à medida que o seu paradigma é quebrado na sociedade. As pessoas têm se permitido conhecer os demais benefícios que este tipo de proteção proporciona, inclusive em vida, e essa mudança de comportamento pode ser traduzida em números.
A busca pelo seguro de Vida aumentou muito nos últimos dois anos, alavancando 29% em 2021 e 17,8% em 2022, segundo a Susep (Superintendência de Seguros Privados), órgão responsável pela fiscalização e regulação do setor. Entre janeiro e setembro deste ano, a carteira de Vida também teve destaque dentro da linha de seguros de Pessoas, atingindo o montante acumulado de R$ 45,7 bilhões – crescimento de 7,1% em relação ao mesmo período de 2022. Atrelado a isso, segundo o Google Trends, o termo “seguro de vida” segue em evidência no Google desde 2021, quando teve o seu pico de buscas, o que demonstra a curiosidade das pessoas em entender mais sobre o produto. Muito desse interesse se deu pelo surgimento da covid-19. Um cenário até então inimaginável à época, a pandemia contribuiu para impulsionar o mercado de seguros no Brasil por a sociedade ter ficado próxima a uma situação de risco eminente. A expansão dos profissionais autônomos, que apenas no último trimestre de 2022 atingiu a marca recorde de aproximadamente 25,7 milhões de pessoas, também cooperou para este cenário.
Na prática, isso significa que mais pessoas estão recorrendo ao seguro de Vida para mitigar o impacto financeiro causado pela perda ou invalidez de um familiar, uma vez que a sua indenização também auxilia na manutenção da renda e do padrão de vida, em casos imprevistos – a exemplo do tratamento de uma doença grave, da necessidade de segunda opinião médica ou do afastamento temporário no trabalho ocasionado por algum tipo de acidente. São situações que todos nós estamos sujeitos e que podem se tornar mais difíceis se as finanças, por algum motivo, estiverem apertadas.
Obviamente não existe uma receita pronta para a contratação de um seguro de Vida. No entanto, o quanto antes a ferramenta for incluída no planejamento, melhor, pois quem se antecipa a esse movimento sai na frente em caso de uma eventualidade. Após a sua contratação, é imprescindível que as coberturas e as assistências sejam revisitadas periodicamente e calibradas, de acordo com as novas necessidades que vão surgindo no caminho e as diferentes fases da vida.
Outro ponto a ser considerado é que o seguro de Vida se apresenta como uma ferramenta importante para todos, mas, principalmente, para quem desempenha o papel de provedor do lar que, em situações imprevistas, deixará os familiares amparados com uma renda compatível com a sua realidade. Para quem já conta com a proteção como benefício empresarial, é importante que analise se as coberturas e indenizações oferecidas estão realmente alinhadas com as suas necessidades e, se possível, contrate um seguro de Vida individual como complemento.
Diante de tudo isso, fica claro que é preciso pensar os objetivos a curto e, principalmente, a longo prazo. Eu te pergunto: como está o seu planejamento financeiro?
David Beatham é diretor executivo de Automóvel, Massificados e Vida da Allianz Seguros.