Notícias | 26 de junho de 2023 | Fonte: Valor Investe
Segundo a Fenaprevi, no primeiro quadrimestre deste ano este tipo de seguro somou prêmios de mais de R$ 4 bilhões, superando apenas os seguros de vida
Tanto no valor pago às seguradoras como no volume repassado aos clientes, cresceu a categoria de seguros do tipo prestamista, que são aqueles realizados para quitar ou amortizar uma dívida no caso em que o devedor não possa honrá-la.
Neste tipo de contrato, a seguradora paga o saldo devedor (total ou pacialmente, a depender do contrato) em em casos como morte natural, acidental, invalidez permanente total ou parcial e até demissão. Normalmente, as pessoas contratam este tipo de produto quando compram bens ou fazem empréstimo de alto valor, como a compra de um carro ou o dinheiro para expandir ou abrir um negócio.
De acordo com o levantamento da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), com base nos dados da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), o volume pago às seguradoras, de modo geral, chegou a R$ 19 bilhões no primeiro quadrimestre de 2023, um aumento de 9,5% em relação a igual período do ano passado.
“Existe de fato o aumento na procura e contratação dos produtos de seguros de pessoas de maneira geral. No caso do seguro prestamista o aumento na contratação está diretamente ligado ao aumento da tomada de crédito”, afirma a federação.
Somente na categoria de seguro prestamista, o aumento foi de 8,6%, chegando a R$ 4,2 bilhões no período, atrás apenas dos seguro de vida, que registrou alta de 11,3% no período, sendo responsável por R$ 9,2 bilhões em prêmios (valor pago pelo cliente à seguradora).
Apesar de representar um montante bem menor da indústria, os seguros de viagem foram os que tiveram maior crescimento nos primeiros quatro meses do ano, saltando 20% em volume de prêmios.
Em se tratando de sinistros, que é a contrapartida, quando a seguradora paga ao cliente o que lhe é devido, houve um pagamento de 2,5% para o seguro prestamista. Ou seja, mais pessoas precisaram acioná-lo. O contrário ocorreu com os seguros de vida, em que houve uma queda de 3% no pagamento do benefício.
Ainda que os pagamentos tenham aumentado, a indústria reteve um saldo positivo de mais de R$ 15 bilhões de janeiro a abril deste ano, quando se subtrati o valor dos prêmios pelo valor dos benefícios pagos.