Revista Cobertura – Por Carol Rodrigues – 12/10/2024 as 18:31

Fiz o curso e sou corretor. Isso basta? A resposta é não, principalmente em se tratando de seguro saúde. Esse foi o ponto inicial da discussão do painel “O seguro saúde e o corretor” durante o 23° Congresso Brasileiro de Corretores de Seguros, realizado de 10 a 12 de outubro na Expo MAG, no Rio de Janeiro.

“Saúde é uma commodity, pois os produtos são praticamente iguais. O contrato é uma cópia da lei com as atualizações”, disse Jorge Charles Lopes, corretor de seguros e professor da Escola de Negócios e Seguros (ENS).

“Precisamos descomoditizar esse produto. O produto ficou igual na embalagem. A embalagem consiste em tem cobertura ambulatorial ou hospitalar, é nacional ou estadual. tem reembolso ou não”, enfatizou Maurício Lopes, CEO da Qualicorp.

Segundo ele, as nuances dos produtos de cada operadora descomoditizam algo que é comoditizado por lei.

“Precisamos levar para o cliente todas as modificações em tempo real. O cliente tem que entender o que é o saúde e é necessário educa-lo para usar o plano. Só vamos conseguir isso se nos prepararmos muito. Ir às operadoras é fundamental para conhecer os produtos. Não posso simplesmente vender o que querem que eu venda”, justificou Charles.

Marcelo Reina, CEO da Brazil Health, acrescentou que além de participar de treinamentos de produtos, é importante o corretor fazer treinamentos relacionados à melhor a entrega do produto.

“É importante participar, divulgar e combater fraudes. Levamos consultoria e a consultoria passa por treinamento. Precisamos demonstrar a força da venda qualificada”.

Por isso, segundo Reina, a Brazil Health tem como um dos pilares a formação de corretores, inclusive por meio da Convenção de Vendas, de cursos EAD, do Corretor Expert e de treinamentos.

Segundo o CEO da Qualicorp, o saúde é um produto altamente complexo e só pode ser vendido pelo corretor.

“Exalto a importância de nos prepararmos e olharmos para o futuro. O corretor é vital. Nenhuma operadora avança sem o corretor de seguros. Muitas operadoras não têm noção de quantas NIPs foram evitadas e de quantos atendimentos não reverberam no SAC da operadora por conta do trabalho do corretor”, acrescentou Reina.

Vale lembrar que a venda qualificada do corretor inclui questionar os produtos das operadoras.

“O saúde é o que melhor remunera e o que melhor dá perenidade de carteira, e é o ramo em que o corretor tem que ser mais técnico”, completou Reina.

Da esq. p/ dir.: Marcelo Reina (Brazil Health), Mauricio Lopes (Qualicorp) e Jorge Charles Lopes (corretor e professor da ENS)