Notícias | 5 de julho de 2023 | Fonte: CQCS l Ítalo Menezes
No último sábado (1), o ex-jogador de futebol, Donizete Pereira, com passagens por clubes como Botafogo e Vasco da Gama, sofreu um assalto a mão armada na região da Avenida Brasil, no Rio de Janeiro. Além de vários objetos pessoais, o ex-esportista teve o seu carro, um Land Rover Velar, roubado. Segundo Donizete, o veículo vale R$ 800 mil e não estava no seguro por conta do alto valor cobrado por empresas para segurar este tipo de automóvel. As informações são do site O Globo.
Donizete Pantera disse que está pensando em vender o veículo, mas que, antes disso, vai fazer o seguro do carro. O automóvel foi recuperado pela Polícia Civil, horas após o roubo, num dos acessos à comunidade Fogo Cruzado, no Complexo da Maré. “Agora vou colocar o carro no seguro. Porque o seguro não estava pegando”. Donizete Pantera disse também que mesmo sendo dono de um carro valioso jamais pensou que fosse ser vítima de um roubo. O veículo foi recuperado por agentes da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) e Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA).
Em entrevista ao CQCS, o advogado, Corretor de Seguros e Diretor do Sincor-DF, Dorival Alves, destaca que este é mais um caso que serve de alerta para as pessoas que programam a aquisição de um veículo sem buscar entender como funciona a contratação de uma apólice de seguro e também, não conta com a orientação de um profissional corretor de seguros. “Não basta tão somente escolher o modelo, a cor, o estado de conservação e a procedência do veículo. O item seguro talvez seja um dos mais importantes antes mesmo da aquisição do veículo”, disse.
De acordo com o especialista, os veículos nacionais com até 15 anos de fabricação, grande parte das seguradoras aceitam. Já os importados acima de 5 anos de fabricação, a aceitação é extremamente restrita por parte das seguradoras. “O principal motivo são as peças de reposição, que além de caras, há uma dificuldade em encontrá-las. Outro fator importante é que como eles não têm um valor tão alto no mercado. Dessa maneira, a possibilidade de se ter uma perda total no caso de colisão é muito grande. Vale lembrar que para que seja decretado uma perda total, os valores dos reparos precisam chegar a 75% (setenta e cinco por cento) do valor do veículo. (Tabela FIPE)”, pontuou.
Dorival frisa que no que tange aos veículos mais visados por roubos e furtos, na maioria das vezes, o valor do seguro fica muito alto, podendo chegar a mais de 15% (quinze por cento) do valor do veículo, tornando a contratação inviável. No entanto, em geral, os carros importados têm custos mais altos por serem requintados. Assim, por possuírem outros itens, a cobertura também pode se tornar mais cara. “Isso acontece porque os carros importados contam com itens exclusivos que precisam de maiores cuidados. As peças para reposição também geram gastos altos, pois são mais difíceis de serem encontradas no mercado. Consequentemente, para a manutenção é necessária uma oficina especializada, o que acaba encarecendo o processo. Porém, o seguro ser mais caro não exime a necessidade de contar com ele, pois os riscos são ainda maiores. As seguradoras também vêm se esforçando para oferecer serviços de qualidade exclusiva para esse nicho”, ressaltou.
Por fim, o especialista lembra que contratar uma apólice de seguro é fundamental para todo condutor que preze pelo seu bem. O seguro para carro importado, por exemplo, envolve riscos de despesas altas para qualquer sinistro que possa atingi-lo. E os custos integrais disso vão impactar o orçamento pessoal do dono do carro de forma inesperada. Quando o automóvel é segurado, os gastos com os sinistros que ocorrerem serão minimizados, pois a seguradora estará oferecendo a cobertura contratada. Além disso, há prejuízos que vão além do financeiro e o seguro pode cobrir, como a proteção ao motorista e aos passageiros.