Notícias | 27 de junho de 2023 | Fonte: CQCS l Manuella Cavalcanti – Reprodução: Folha PE

A Guarda Costeira dos Estados Unidos e a empresa OceanGate, responsável pelo submarino Titan, confirmaram, na última quinta-feira, 22, as mortes dos cinco tripulantes que faziam uma expedição até os restos do Titanic e estavam desaparecidos desde o dia 18, domingo. O caso chamou atenção do mundo inteiro e tomou conta dos noticiários e das redes sociais. Mas quais as possibilidades do seguro dentro da operação do submarino? 

De acordo com Ilan Kajan, VP de Riscos Corporativos da Alper Seguros, o submarino da expedição não é convencional, devidamente certificado e produzido em série. Trata-se de um protótipo e, como equipamento experimental, não teria cobertura securitária para casco marítimo: ”Este seguro, além de garantir indenização para danos materiais ao submarino, entre outras coberturas, prevê o salvamento da embarcação, danos da fabricação, testes, responsabilidade dos construtores e eventos decorrentes de guerra.”, explica ele.  Assim, nesta modalidade, seria preciso anular a exclusão para protótipos ou buscar uma solução de seguro específica na carteira de Riscos Diversos. Para minimizar os danos, nos casos do submarino, é recomendável que a tripulação e os passageiros contratem um seguro de vida e de acidentes pessoais com capital adequado à necessidade do segurado e beneficiário com previsão de participação em viagens e eventos experimentais a bordo de submarino.

O seguro viagem prevê cobertura para esportes radicais, mas, uma expedição de submarino, como o Titan, não pode ser considerado como prática de aventura: ”As seguradoras elencam nas condições gerais do seguro quais esporte estão amparados pela cobertura de esporte radical e a rigor não têm previsão para extensão para transporte marítimo em submarinos.”, esclarece Ilan. ”Além disso, a cobertura para esportes radicais, na maioria das seguradoras, se limita à despesas médicas, hospitalares e odontológicas que, infelizmente, por não ter havido sobreviventes no incidente com o Titan, não haveria cobertura à ser acionada.”, finaliza o VP de Riscos Corporativos da Alper.