O Valor publicou um Suplemento de Seguros. Quem se interessa pelo setor, não pode perder. O especial está disponível para assinantes no portal do jornal ou nas bancas para não assinantes.Veja alguns dos temas abordados:Mercado – O mercado segurador confia na reversão este ano da curva declinante de crescimento traçada desde 2015, quando a economia entrou em recessão. Estudo da Siscorp, consultoria especializada na área de seguros, estima para o acumulado de 2018 um avanço do faturamento total da ordem de 9% – alta que já seria capaz de inflexionar a curva descendente dos últimos três anos.Tecnologia – Para inovar, as seguradoras precisam ser mais efetivas no relacionamento com o cliente e na resolução de problemas. A automação do atendimento, para liberar corretores de rotinas repetitivas, vem ganhando espaço com a adoção de chatbots, tecnologia baseada em inteligência artificial que pode responder perguntas complexas e finalizar processos de venda.Insurtech – O número de insurtechs não para de crescer no Brasil. As startups que estão levando novas tecnologias e inovação ao mercado de seguros já são 78 no país, segundo dados do Comitê de Insurtechs da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net).Blockchain – A promessa da tecnologia blockchain – plataforma descentralizada de transações que usa criptografia para criar registros encadeados e dependentes entre si – é que os processos entre seguradoras, órgãos governamentais, bancos e reguladores sejam resolvidos de forma mais transparente e automática.Corretoras online – O movimento de transformação digital e o surgimento das insurtechs estimularam os investimentos das corretoras de seguro tradicionais em iniciativas on-line. Por orientação das seguradoras, o foco nem sempre é o fechamento de vendas, mas a geração de leads (clientes potenciais) e a diversificação de produtos.Corretores – O Brasil tem hoje cerca de 95 mil corretores de seguros registrados na Superintendência de Seguros Privados (Susep), entre autônomos e ligados a corretoras. Apesar do avanço tecnológico e das plataformas de vendas de seguros on-line, ao menos por enquanto a atividade dessas pessoas está garantido.Resseguros – Em acelerada expansão desde o fim do monopólio estatal exercido pelo IRB, encerrado em abril de 2008, o mercado brasileiro de resseguros sofreu os efeitos da crise econômica dos últimos anos menos do que seria natural esperar, na visão do presidente da Associação Nacional das Resseguradoras (ANRe) e CEO da Autral Re, Bruno Freire.Previdência – O ano de 2018, pautado por turbulências, tem afetado o humor dos investidores e atingido até mesmo uma das mais resilientes indústrias de investimentos do país. Acostumada a crescer dois dígitos em média nos últimos dez anos, a previdência privada vem desacelerando e começa a sentir os indicadores dos mercados interno e externo.Vida – Se há uma modalidade que pode lucrar com a crise é a do seguro de pessoas. Essa é uma das explicações mais usadas pelo setor para justificar o avanço de mais de 20% no ano no total de prêmios de alguns produtos, como o prestamista, vinculado à cobertura de crédito.Prestamista – Canais de distribuição digitais e vendas bem desenvolvidas são fundamentais para o sucesso dos seguros massificados ou populares que precisam ter custo acessível e fácil contratação em redes de varejo, financeiras e empresas.Seguro Judicial – A complexidade tributária no Brasil, que muitas vezes deixa dúvidas sobre o recolhimento de impostos, fez surgir um mercado bilionário para as seguradoras. Trata-se do seguro judicial, que substitui garantias em dinheiro, cauções ou fiança bancária que as empresas brasileiras envolvidas em processos tributários, trabalhistas, cíveis e recuperações judiciais no âmbito federal, estadual e municipal precisam apresentar ao Judiciário para garantir o pagamento de dividas.Seguro D&O – O avanço das investigações da Operação Lava-Jato e outras tantas deflagradas pelo Ministério Público trouxe grandes desafios para o mercado segurador, que reformulou o seguro de responsabilidade civil dos executivos, conhecido como Directors & Officer (D&O), tornando-o mais claro e abrangente.Seguro Posi – Na linha de seguros financeiros, um dos destaques desde o ano passado é o Public Offering Securities Insurance (POSI). “Em um cenário de crise, com crédito restrito e taxas muito altas, as empresas estão voltando a realizar operações de abertura de capital como uma maneira mais fácil de trazer dinheiro para o caixa”, explica Mauricio Bandeira, gerente de produtos financeiros da Aon Brasil, que no ano passado foi responsável pela venda de 50% das apólices de POSI.Seguro Garantia – O mercado de seguros aguarda com expectativa a aprovação da nova Lei de Licitações e Contratos Públicos, que prevê mudanças no seguro-garantia em grandes obras públicas. A principal alteração é a elevação do capital segurado dos atuais 5% para 30% do valor total do contrato da obra, em projetos superiores a R$ 100 milhões.Seguro Riscos Cibernéticos – Ataques de hackers mais constantes e a entrada em vigor em maio deste ano do Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR, na sigla em inglês), na Europa, deram forte impulso às vendas seguros cibernéticos no Brasil. “Nos últimos três meses vendemos o volume que registramos durante todo o ano passado”, conta Flávio Sá, gerente de linhas financeiras da AIG.Seguro Auto – O crescimento do seguro auto volta a ultrapassar a casa dos 10 pontos percentuais neste ano. De janeiro a abril, avançou 10,6% no volume de prêmios. O incremento é comemorado já que, nos últimos três anos, não passava de um dígito.Seguro rural – O seguro rural tem se destacado com crescimento sustentável e uso da tecnologia, somado à conscientização sobre sua importância como proteção à produção, seja na pecuária ou agricultura. Nos primeiros seis meses deste ano, foram concretizados 23.533 contratos de seguro rural (apólices), com subvenção do governo.Seguro Transporte – Os índices de sinistralidade no roubo de cargas caíram no primeiro quadrimestre, em comparação a igual período do ano passado. Mesmo assim, o quadro continua preocupante nas regiões metropolitanas, em especial no Rio de Janeiro e em São Paulo.Varejo – Um aplicativo (app) para celular foi a maneira encontrada para o treinamento dos vendedores em redes varejistas, muitos sem acesso a computador durante o horário de expediente. Chamado “Unica de Bolso”, o app permite a visualização de cursos sobre seguros, coberturas e os procedimentos que devem ser tomados na hora do furto ou roubo do equipamento segurado.