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EXCLUSIVO – Na tarde dessa terça-feira, dia 1, a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), promoveu um webinar para discutir um panorama geral da sustentabilidade no setor segurador brasileiro e realizar o lançamento do Relatório de Sustentabilidade da entidade. Cristina Barros, diretora de sustentabilidade da CNseg, conversou com Rafael Schur, sócio da EY e líder do segmento de mercado de serviços financeiros para o Brasil que está lançando o Long Term Value, a segunda edição do estudo para instituições financeiras no Brasil e América Latina sobre as ações de sustentabilidade. “Houve uma evolução no setor de seguros”, disse Shur.
Cristina apontou que o relatório de sustentabilidade da CNSeg traz o panorama de 52 seguradoras, cerca de 75% do mercado. “É uma representatividade setorial importante, entendemos, portanto, que é uma amostra razoável do espectro do setor”, disse.
Ela revelou ainda que é possível perceber, de maneira genérica, uma aplicação dos princípios e valores ESG em grande parte das empresas. “Percebemos que 60% a 65% das empresas usa esse tipo de princípio no desenvolvimento de produtos e serviços”, revelou.
Outro ponto importante da sustentabilidade no mercado de seguros é que quase 70% das empresas consideram os riscos climáticos em suas políticas seja na aceitação de riscos ou nos modelos de subscrição. Além disso, ela destaca que quase 60% das empresas estabeleceram limites para concentração de riscos de sustentabilidade. “O que mostra o quanto a carteira ESG e os riscos associados a sustentabilidade estão pautados na discussão das empresas”, aponta Cristina.
Cristina destacou que o setor de seguros tem boas métricas quando o assunto é diversidade já que prega mulheres na maioria dos postos de trabalho, entendendo que precisa evoluir para critérios outros inclusive que são temas de discussões na própria CNSeg. “Um apontamento que é preciso discutir é a equidade salarial entre homens e mulheres, mas também que 21% dos colaboradores das empresas são pretos, pardos e indígenas e esse é um percentual baixo”.
Ela apontou ainda que as empresas lidam com emissões de gases por carro. “Temos um pool expressivo de empresas que fazem sua contabilidade de emissões e isso significa que buscam compromisso de redução”, diz.
A dirigente da CNseg revelou que para a elaboração do Relatório desse ano discutiu-se a inclusão de outros temas importantes como biodiversidade e uso de água. Rafael Danshur, da EY, falou sobre o Long Term Value, o segundo estudo para instituições financeiras no Brasil e América Latina. Ele explicou que a empresa faz um levantamento do setor finaneiro e, no geral, a discussão está no início nas empresas do ramo financeiro. “A jornada ainda tem muito para avançar. Estamos discutindo os inicialmentes”, destacou.
Ele explicou que o trabalho da consultoria foi desenvolvido a partir da publicação do relatório de algumas empresas. “Nossa metodologia foi baseada em 25 métricas agrupadas em três grandes grupos: valor para sociedade; valor para os colaboradores (métrica de diversidade e inclusão) e valor para os consumidores”, destacou.
Para Raphael, um tema que falta na discussão de sustentabilidade é o consumidor. “Estamos falando de informação, gestão de risco, confiança e inovação”, apontou.
Ele destacou ainda que assim como no setor financeiro, no mercado segurador a diversidade e a emissão de carbono são temas importantes na discussão da sustentabilidade.
“A visão que eu tenho é que a coisa mais bacana que o setor pode fazer futuramente é manter a fortaleza de que fala de consumidor, biodiversidade e agenda de sustentabilidade”, afirmou.
Ele destacou ainda que houve uma grande evolução na discussão de sustentabilidade de 2021 para 2022, com evolução de algumas seguradoras.