18/12/2017 / FONTE: Escola Nacional de Seguros
“Existem diferentes ferramentas para se comunicar e o professor deve saber usá-las em sala para conseguir ministrar uma boa aula”. A frase é do especialista em Marketing e Neurociência Pedagógica, Ney Pereira, e abriu a palestra “Professor Nota 10: Comunicação Aplicada a Docentes”, realizada no dia 13 de dezembro, no Rio de Janeiro (RJ). O evento marcou o encerramento, em 2017, das atividades da Academia dos Professores, iniciativa da Escola Nacional de Seguros que coloca o corpo docente da Instituição em contato com as melhores práticas pedagógicas e comportamentais.
Na palestra, foram apresentadas diferentes e inovadoras técnicas de comunicação para uso em sala de aula, a fim de potencializar o ensino e a atenção do aluno. De acordo com o diretor de Ensino Superior da Escola, Mario Pinto, que abriu o evento, não pode haver um descompasso entre o que os alunos buscam e o que a Escola oferece. “Os professores de hoje têm que estar preparados adequadamente para os alunos do século XXI”, ressaltou.
Ney Pereira reforçou a ideia e afirmou que quem se comunica está procurando algum tipo de benefício. “O professor deve mostrar aos alunos que vale a pena escutá-lo e que ele tem algo a oferecer”, disse. Para isso, é preciso seguir uma série de processos, que variam desde a maneira correta de se portar durante o primeiro contato até as técnicas utilizadas para manter a atenção do aluno.
De acordo com o especialista, o momento de comunicação é também de conexão. Os seres humanos têm registros mentais do que lhes causa prazer ou dor e, involuntariamente, recorrem a eles quando conhecem uma nova pessoa. Portanto, ao entrar em sala de aula, o docente deve demonstrar vontade de se conectar com os alunos, minimizando os aspectos que possam causar reações negativas.
Para Pereira, o professor deve buscar manter a atenção do aluno mesmo após a primeira impressão. “Devemos quebrar a rotina para manter o nível médio de atenção do aluno”, afirmou. O palestrante explicou que existem dois tipos de atenção: reflexa e voluntária. A primeira é como um sequestro da atenção, vem de forma involuntária, algo acontece e rouba a concentração. A segunda, por sua vez, trata de um foco estabelecido em meio a vários estímulos passíveis de atenção.
“Para conseguirmos a atenção reflexa dos alunos devemos preparar aulas diferentes, com imagens e apresentações interessantes. E para conseguirmos a atenção voluntária devemos ser mais interessantes do que outras coisas que possam tirar o foco dos estudantes”, concluiu.