Notícias | 31 de março de 2023 | Fonte: Insurtalks
Cristiano Saab, Country Manager da Klimber no Brasil, participou de uma live transmitida pelo canal Forbes Brasil, no dia 17 de março. Ele conversou com o CEO da Regus & Spaces Brasil e âncora da Forbes Live, Tiago Alves, sobre diversos assuntos relacionados ao tema “Como a tecnologia contribui para a democratização do mercado de seguros”. A Insurtalks publicou um texto sobre a primeira parte dessa live. Nesta segunda parte, confira mais alguns insights desse bate-papo:
Desafios de hoje no Brasil
Tiago Alves questiona Cristiano Saab quais os desafios de hoje na Klimber, levando-se em conta o mercado gigantesco do Brasil no qual, segundo Saab, somente o mercado de seguro de vida é de 27 bilhões.
Cristiano Saab: A Klimber nasceu dessa lacuna de cobertura em toda América Latina. Por volta de 150 milhões de latino-americanos sem qualquer tipo de cobertura e a gente sabe o peso do Brasil em tudo que se diz respeito à América Latina. Então, sim, há um mercado grande e a nossa ideia é permitir acesso a qualquer pessoa, em qualquer lugar, a uma apólice de seguro. Que ela perceba valor e que ela possa pagar por isso.
“A tecnologia é capaz de gerar capilaridade e chegar de forma rápida e consistente em lugares que outros meios têm muita dificuldade”
Saab explica para Alves como a tecnologia permitiu a rápida expansão da Klimber no Brasil: “Chegamos em fevereiro ao Brasil e em maio/ junho lançamos a nossa operação. Em dois meses, já tínhamos clientes dos 26 estados da federação,mais o Distrito Federal. Isso mostra como a tecnologia é capaz de gerar capilaridade e chegar de forma rápida e consistente em lugares que outros meios têm muita dificuldade. O mercado tradicional teria muita dificuldade, levaria muito tempo para chegar e, em alguns casos, até aquele momento, não tinha chegado”, disse ele.
Tecnologia permitiu acesso ao seguro
Falando ainda de como a tecnologia permite uma maior e mais rápida adesão às proteções do seguro, Saab declara: “O primeiro caso que me chamou mais atenção foi de um cliente que, logo na segunda semana, comprou uma apólice em Bonfim, Roraima. Essa localidade é um município de 9 mil pessoas, cravado em cima da fronteira de Roraima com a Guiana. O lançamento da nossa operação foi feita de uma forma democrática: ao mesmo tempo, para todo mundo. Rapidamente uma pessoa lá na fronteira com a Guiana identificou valor naquilo ali e contratou. Hoje está aí como nosso cliente, usufruindo de benefícios, serviços e consultas de telemedicina que, por outros meios, talvez ele não conseguisse acessar”.
“A tecnologia vai fazer para o mercado de seguros o que os bancos digitais fizeram com serviços bancários”
Tiago Alves comenta sobre a tecnologia permitir uma inclusão maior da população nos serviços de seguros. Ele diz: “A tecnologia vai fazer para o mercado de seguros o que os bancos digitais fizeram com serviços bancários. Além da democratização, o alcance de uma maior inclusão.O Brasil é um dos maiores países do mundo em termos de população e, ao mesmo tempo, é um dos países mais desbancarizados. Eu também acredito que a proporção de pessoas sem conta deve ser proporcional a de pessoas sem seguro. Na verdade, de seguro muito menos ainda porque tem muita gente que tem uma conta no banco, mas ainda não tem um seguro. Então, tem uma oportunidade de ouro aí. O Brasil deve ser um oceano azul, a América Latina como um todo, para esse mercado de seguros”.
Dar acesso e conscientizar sobre a importância do seguro
Falando da inclusão e da democratização dos seguros, o Country Manager da Klimber esclarece que é preciso que as seguradoras tenham eficiência para dar acesso ao seguro e educar a população sobre a importância dele na vida de cada um. “Precisa ser capaz e precisa ser eficiente para dar esse acesso a pessoas que entendam o que está sendo proposto e qual a importância disso no contexto dela”, diz ele.
As proteções do seguro dentro de contextos reais
Saab fala de situações que aconteceram em sua vida para ilustrar a importância do seguro: “Duas situações reais que aconteceram comigo que mostram a importância dessa cobertura: no começo de dezembro, final de ano, loucura de véspera de natal, num primeiro ano mais consistente em termos de volta a um mundo mais presencial, mais físico, eu estava aqui em São Paulo, cruzando uma avenida, quando um motoqueiro acertou meu carro. Coisas de metrópole, acontece todo dia. Essa pessoa não tinha nenhum tipo de seguro, a moto dele precisou de reparo e ele não tinha recurso para reparar a moto. Se essa pessoa ficou sem trabalhar, como ele era um autônomo, o dia a dia dele deixou de entrar renda, mas as contas e os gastos, os compromissos dele não deixaram de entrar e esse cara se viu num final de ano, que para ele seria um momento de bastante rendimento, se viu parado e se endividando”.
Sustentação do planejamento financeiro de uma família
Partindo da situação real narrada acima, Saab fala sobre como a proteção de um seguro poderia amenizar grande parte das preocupações do trabalhador em caso de acidente. Ele explica: “Com um seguro de acidentes pessoais que a gente distribui hoje na Klimber, através do Mercado Pago, ele teria uma cobertura de quebra de ossos e receberia uma indenização, ele teria uma diária por incapacidade pelo tempo que ele ficasse afastado do trabalho – o que permitiria que ele cobrisse algumas das despesas. Enfim, ele teria uma série de indenizações que dariam o que eu chamei de sustentação do planejamento financeiro de uma família. Então, acontece um fato inesperado em que ele se vê impotente, incapaz de trabalhar e endividado. Ao passo que se houvesse o entendimento de que isso é um investimento no planejamento financeiro, ele estaria com o mesmo problema de não poder trabalhar, mas nessa questão do financeiro, ele estaria um pouco mais remediado, um pouco mais coberto. E arrisco a dizer, eventualmente, até integralmente dependendo do que ele tivesse contratado”.
“A partir de 9 reais por mês, é possível conseguir algum tipo de acesso, alguma cobertura, através de um um smartphone”
A outra situação real narrada por Cristiano foi a de um rapaz trabalhando na casa dos seus pais. “Ele estava pintando e caiu da escada de 3 metros. O contexto é o mesmo: ele precisou parar de trabalhar, teve quebra de ossos, mas também não tinha proteção, também se viu com complicações em função do ocorrido. Hoje, podemos dizer que a partir de 9 reais por mês, é possível conseguir algum tipo de acesso, alguma cobertura, através de um um smartphone”.
Para Cristiano, trata-se de fazer com que os cidadãos tenham acesso ao seguro e conscientizar todos da importância de contratar uma apólice: “É muito mais fazer isso chegar e fazer entender a importância que isso tem para conseguir incluir e cobrir essa lacuna que a gente tá tendo. O trabalho da Klimber nesse momento é continuar identificando os canais, por ser uma empresa b2b, em que a gente possa levar soluções para chegar nessas pessoas que hoje estão fora do âmbito de cobertura”, disse ele.
A tecnologia terá um papel importante no crescimento da indústria de seguros
Saab fala que o mercado de seguros é um mercado em constante mudança e busca de evolução e que a tecnologia terá um papel importante no crescimento da indústria de seguros. “Uma evolução em que a indústria se preocupa legitimamente em trazer soluções em que a percepção de valor seja cada vez maior para que o seguro passe a ser algo cotidiano na vida das pessoas e não algo a ser desafiado. A indústria quer sim trazer soluções inovadoras, que permitam acesso a todos e que sejam soluções que façam parte da realidade de cada um. É uma busca incessante. Eu estou falando de uma empresa, estou falando de uma indústria que entende isso, que precisa entregar mais em termos de serviços, benefícios e percepção de valor. Isso é algo que vai continuar crescendo e certamente a tecnologia e a disrupção tecnológica vão ter papel bastante importante nessa transformação”, finaliza ele.