Sonho Seguro – Por Denise Bueno -29/06/2021 10:12

O Valor Economico publicou nesta terça-feira um especial sobre Agronegócios. A matéria sobre seguros conta que o seguro agrícola é um dos ramos de maior crescimento do mercado segurador. De acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em 2020, o Programa de Seguro Rural (PSR) resultou na contratação de aproximadamente 193 mil apólices, atendendo 105 mil agricultores, o que representou uma área segurada de 13,7 milhões de hectares e um valor segurado da ordem de R$ 45,7 bilhões. O valor médio do subsídio utilizado pelo produtor foi de 35%, com volume total de seguro rural de R$ 3 bilhões, alta de 36%. As indenizações também avançaram. As seguradoras pagaram em 2020 mais de R$ 2,46 bilhões, em comparação a R$ 1,9 bilhão de 2019.

Os executivos estão animados com uso da tecnologia, que durante a pandemia foi acelerado. É o caso da Newe Seguros. “Antes, as companhias tinham de estar direto no campo para verificar o comportamento da safra, com estimativas por amostragem. Agora tudo é feito com uso de inteligência artificial e análise de dados”, afirma o vice-presidente da seguradora, Rodrigo Motroni. Além disso, ter peritos exclusivos e corretores parceiros no campo, segundo ele, tem sustentado crescimento de 50% em número de apólices nos últimos três anos. Neste ano, até abril, foram contabilizadas 9,8 mil apólices. “Devemos fechar 2021 perto de 20 mil”, afirma.

A Essor Seguros inovou ao lançar, em parceria com a Agrobrasil e os resseguradores Scor e IRB Brasil Re, o seguro de pastagem, destaca o CEO Fabio Pinho

O paramétrico, que ainda não decolou no Brasil, ganha uma novidade: subsídios. O tema está em estudo, mas a expectativa do Mapa e das seguradoras, principalmente as estrangeiras, é grande. Esse produto é baseado em algum índice climático, como precipitação, dias secos, temperatura, que se relacionam ao potencial de perda ou redução de produtividade da cultura. A Essor Seguros inovou ao lançar, em parceria com a Agrobrasil e os resseguradores Scor e IRB Brasil Re, o seguro de pastagem, que é um seguro paramétrico que visa cobrir prejuízos em função de baixa produção forrageira que serve de alimento para o gado. “Este seguro é passível de subsídio, e consideramos que as alternativas paramétricas subsidiadas são uma ótima alternativa para o crescimento do seguro rural como um todo”, aposta o CEO, Fabio Pinho.